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Integração do jardim-de-infância de Alfarazes no Agrupamento da Sé desagrada

Encarregados de educação exigem ser ouvidos pelos diretores das cinco escolas da cidade

«A nossa intenção não é entrar em guerra com ninguém». A garantia é deixada pelos encarregados de educação do jardim-de-infância de Alfarazes, na Guarda, que não se conformam com a integração deste estabelecimento no futuro agrupamento da Sé, saindo do Agrupamento de Santa Clara, no âmbito dos mega-agrupamentos escolares criados na cidade. Os pais garantem que a mudança vai afetar o futuro de 45 crianças.

«Queremos que nos ouçam, saber o critério que usaram e se sabem muito bem como é que isto funciona em relação a este jardim-de-infância», justificou José Sequeira. Este representante dos pais admitiu que se for dada uma «explicação plausível, se calhar até teremos de aceitar», pois não se pretende «afrontar ou colocar em causa as competências e procedimentos adotados pelo Conselho Municipal de Educação da Guarda». No entanto, os pais admitem continuar esta «luta justa e ir até as últimas consequências em prol das crianças que, em nada beneficiam, com esta troca administrativa e este jogo de influência». Na sua opinião, a mudança «não irá proporcionar um percurso sequencial e articulado, nem favorecer uma transição adequada entre níveis de ensino e prejudicará o bom funcionamento» do jardim-de-infância.

Rodolfo Queirós, outro dos pais descontentes, garantiu que «se for preciso ir para a frente da Câmara também vamos ou até ao Ministério da Educação», enquanto Sara Leal salientou que «só queríamos manter os nossos filhos no mesmo agrupamento com as mesmas educadoras e auxiliar». Confrontado com estas posições, o vereador da Educação no Câmara adiantou que a Direção Regional de Educação do Centro (DREC) «impôs como condição que todas as partes [diretores das escolas] concordassem com a manutenção do jardim-de-infância de Alfarazes no mesmo agrupamento, mas só um diretor aceitou». Por isso, Virgílio Bento refere que «não havendo acordo, não é possível alterar o que já está definido», sendo que «só o Ministério da Educação tem competência para tal».

Ricardo Cordeiro Pais consideram que a mudança «não irá proporcionar um percurso sequencial e articulado» das crianças

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