O Mileu bateu o Sporting da Mêda por três bolas a duas e está de novo no segundo lugar da classificação. A formação da Guarda continua assim a mostrar-se bastante inconstante, já que ainda na jornada anterior saiu derrotada de Gouveia, que está na cauda da tabela, e nesta ronda venceu uma das equipas mais fortes e invicta até aí.
O jogo começou com um ligeiro domínio da equipa visitante, que tinha jogado na quinta-feira com o Foz Côa devido à participação da selecção distrital de sub-20 na Taça “Eusébio”, pelo que os seus atletas apenas tinham tido três dias de descanso. O primeiro remate do jogo aconteceu aos 4’ através de Tiago, mas Hélder não teve dificuldades em defender. Dado o primeiro aviso, o avançado, que na época passada vestiu a camisola do Mileu, inaugurou o marcador aos 20 . Na sequência de um lançamento lateral na direita, o jovem ponta-de-lança recebeu a bola dentro da área e, depois de tirar um adversário do caminho, rematou forte e colocado, marcando um excelente golo. Logo de seguida, o Mileu tentou reagir com Ricardo a cruzar da direita para o segundo poste, onde surgiu Paulo Sérgio a cabecear ao lado após saída em falso de Marcelino. Até que aos 40’, a formação guardense chegou mesmo à igualdade, numa jogada que provocou muitos protestos nas hostes medenses. Bola bombeada para a área visitante com Celso a dar um ligeiro desvio de cabeça e Zé Tó a empurrar para a baliza, depois de ter surgido completamente isolado, juntamente com mais dois companheiros, frente a Marcelino. O árbitro assistente do lado da bancada estava com a bandeirola no ar, mas o seu chefe de equipa, António Pinto, apontou para o centro do terreno.
A segunda parte começou com uma grande penalidade não assinalada a favor do Sporting da Mêda, quando Ferreira jogou a bola com as duas mãos na área. Apesar de ter entrado muito forte na procura do segundo golo, os visitantes permitiram que o Mileu se adiantasse no marcador aos 53 . Ricardo, mais uma vez na direita, arrancou um cruzamento para o segundo poste, onde o veterano Stromberg, aproveitando nova saída em falso de Marcelino, apareceu a cabecear para o fundo das redes. Volvidos cinco minutos, Zé Tó bisou após receber a bola à entrada da área e de passar por Manuel. Aos 63’, Paulo João, na marcação de um livre, atirou perto do poste direito. Contudo, a Mêda, apesar da maior pressão atacante, começou a perder algum discernimento na organização das suas jogadas, disso beneficiando o Mileu que passou a controlar o jogo, sempre atento ao contra-ataque. Deste modo, aos 73’, após uma rápida jogada, Jorge apareceu, com liberdade, a rematar ao lado. Aos 85’, na marcação de um canto, Xilipê subiu mais alto que toda a gente mas cabeceou por cima. Já em tempo de compensação, bola bombeada para a área do Mileu com o árbitro a entender que Teles tocou no esférico com a mão, apontando para a marca de grande penalidade. Esteve novamente mal o árbitro ao não mostrar o segundo amarelo ao defesa do Mileu. Chamado a converter, Tiago estabeleceu o resultado final em 3-2. António Pinto fez um mau trabalho, com a equipa da Mêda a ter razões de queixa.
No final, Liberalino Almeida mostrou a sua satisfação pela conquista de «uma boa vitória» frente a uma equipa que «vinha muito confiante na vitória, só que os jogos ganham-se dentro de campo e não fora», frisou. Do outro lado, Vítor Moreira mostrou-se amargurado com o primeiro desaire no campeonato: «Fui derrotado mas não saí convencido de que merecia perder, antes pelo contrário. Houve situações de jogo que nos espoliaram e casos a mais que denegriram a imagem do futebol», acusou.
Ricardo Cordeiro
