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Incerteza até ao fim

Fornos de Algodres sofreu para somar os três pontos frente ao Vila Cortês

Com uma vitória garantida já em tempo de compensação frente ao Vila Cortês do Mondego, o Fornos de Algodres continua a alimentar esperanças, embora cada vez mais ténues, de ainda chegar ao primeiro lugar do Distrital.

No domingo, o Fornos entrou melhor na partida, mas foi o Vila Cortês que inaugurou o marcador aos 11 . Após uma perda de bola do meio-campo local, Júlio isolou Rui Ascensão que, frente ao desamparado Cláudio, não perdoou e fez o primeiro golo da tarde. Em desvantagem, o segundo classificado do Distrital tentou reagir para chegar à igualdade. Aos 17 , Pedro Ferreira rematou de muito longe com a bola a passar por cima. Uma das melhores oportunidades do primeiro tempo aconteceu aos 30 , quando Tó Jorge fez uma grande defesa a remate de Bruno Costa, que apareceu a rematar com espaço ao segundo poste. Aos 41 , os visitantes voltaram a acercar-se com perigo da baliza contrária, mas o forte remate de Rui Ascensão, de fora da área, foi parado por uma defesa atenta de Cláudio. Ainda antes do intervalo, Pedro Nuno, sem marcação, atirou ao lado após livre de Fábio. Na etapa complementar, o Fornos entrou mais dominador e chegou ao empate aos 50 . Livre de Patoilo na esquerda, com Cardoso a aproveitar da melhor forma uma falha de marcação para desviar para o fundo da baliza.

Logo de seguida, Bruno Costa poderia ter feito o segundo, mas depois de entrar rápido pela esquerda, preferiu meter a bola no meio em vez de rematar pelo que o lance perdeu-se. Aos 64 , Cardoso atirou ao poste direito após um ressalto na área. Mas na jogada seguinte, o jovem avançado fez o seu segundo golo na partida. Chico Monteiro desferiu um forte remate de fora da área, que Tó Jorge defendeu de forma incompleta. Cardoso, muito oportuno, aproveitou então para fazer passar a bola por debaixo do corpo do guardião e fuzilou a baliza deserta. A partir daqui, o jogo perdeu ritmo e, aos 72 , Nando Pompeu, aparentemente por opção táctica, fez sair Cardoso, um “quebra-cabeças” para os defensores contrários, e a sua equipa ia pagando cara esta decisão. Isto porque, aos 79 , Rui Ascensão também bisou, cobrando de forma irrepreensível um livre – resultante de uma falta que nos deixou algumas dúvidas – à entrada da área que não deu hipóteses de defesa a Cláudio. Logo de seguida, Bruno Costa teve mais uma boa arrancada pela esquerda e serviu Quim Teixeira, que, com muito espaço, atirou de primeira para as nuvens.

O Fornos continuou a pressionar e, aos 88 , Quim Teixeira apareceu a cabecear “a meias” a bola e o poste esquerdo da baliza de Tó Jorge, com o esférico a sair ao lado. Aos 90 , Fernando Nevado deu indicações ao seu assistente Virgílio Pessoa para levantar a placa com quatro minutos de compensação, mas este, estranhamente, teve que pedir ajuda ao delegado do Fornos para colocar o número. O golo da vitória chegou um minuto depois desta “rábula”. Boa triangulação do ataque fornense pela direita, com Chico Monteiro a fazer um cruzamento atrasado para a zona central da área, onde apareceu Lote, sem marcação, a rematar para fora do alcance de Tó Jorge. Trabalho regular de Fernando Nevado.

Ricardo Cordeiro

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