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Incentivos de Belmonte começam a dar frutos

Oito novas empresas instalaram-se no último ano no concelho, que regista também aumento de habitantes

Tal como um slogan publicitário anuncia, Belmonte parece mesmo ser um bom concelho para viver. Os benefícios implementados pela autarquia há cerca de um ano, visando a fixação e atracção de pessoas, começam a ter retorno.

Segundo Amândio Melo, edil belmontense, só no último ano «oito empresas beneficiaram da venda de terrenos a preços simbólicos no Parque Industrial». Por outro lado, a Câmara tem «cerca de cinco mil euros de encargos com apoios às famílias», como, por exemplo, a majoração em 100 por cento do abono de família para o segundo filho e de 200 para o terceiro, ou da entrega de um “primeiro enxoval” sempre que ocorra um nascimento. A «redução em cinco por cento da tabela do IRS em todos os escalões» é outro incentivo que o autarca acredita estar a atrair população para o município, apontando o caso recente de «três ou quatro docentes da Universidade da Beira Interior que compraram habitação no concelho». Trata-se de um «conjunto de questões práticas usadas todos os dias» que o autarca garante que serão para «continuar e aumentar no futuro», como é o caso da comparticipação na aquisição de medicamentos concedida aos idosos.

Outra situação elogiada por Amândio Melo é a de Belmonte ter crescido, «nos últimos três anos, 1,6 por cento em termos de criação de empresas comerciais e industriais», considerando que «não é normal haver esta dinâmica em municípios do interior». De resto, realça que o concelho tem a «taxa mais baixa de desemprego do país» e que nos últimos Censos «foi o único concelho da Beira Interior», juntamente com a Guarda, a registar um incremento de população, na ordem dos 1,4 por cento. «Não é um aumento significativo, mas contraria a tendência de desertificação e isso dá-nos esperança para o futuro», admite. Outros incentivos que, na sua opinião, contribuem para atrair população são a não cobrança de taxas de saneamento, nem de resíduos sólidos, além de «ter a água mais barata da região». «As pessoas sentem que é melhor viver em Belmonte quando fazem as contas em termos comparativos», assegura, adiantando que em 2008 registou-se um aumento de nove por cento nas vendas de ingressos nos museus da vila.

Entre outras regalias, os jovens beneficiam de uma redução de 25 por cento na aquisição de lotes para construção de habitação própria e permanente, em loteamentos promovidos pela autarquia. Já os agregados familiares beneficiam, por exemplo, da comparticipação dos custos de recuperação e reabilitação do património habitacional degradado e que tenha sido construído antes de 1970, estando as empresas isentas do pagamento de derrama. Quanto à habitação, a autarquia está a disponibilizar lotes municipais a 14,96 euros o metro quadrado. Aos seniores, a Câmara oferece 50 por cento de desconto no pagamento de consumo de água até quatro metros cúbicos de consumo mensal, tal como a isenção da taxa de aluguer do contador ou viagens gratuitas nos transportes públicos dentro dos limites do concelho, entre outras benesses. Também as creches e jardins-de-infância, bem como os centros de dia e lares, oferecem vantagens. Uma série de benefícios que, a juntar à localização equidistante que a Aldeia Histórica tem relativamente à Guarda e à Covilhã, contribuem para os resultados positivos.

Ricardo Cordeiro

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