Foi inaugurada no último domingo, na Covilhã, perante centenas de populares, a Ponte sobre a Ribeira da Carpinteira, que une a Rua Marquês d’ Ávila e Bolama e o Bairro dos Penedos Altos. Trata-se de um investimento de cerca de três milhões de euros, com uma extensão de 220 metros, cuja maior altura entre o tabuleiro e o leito da ribeira é de 52 metros.
Segundo a autarquia, esta infraestrutura, projectada pelo arquitecto Carrilho da Graça no âmbito do Plano de Mobilidade da Cidade, tem como objectivo aproximar os bairros residenciais que compõem o núcleo urbano, além de facilitar a circulação dos munícipes através de espaços pedonais em vez dos transportes públicos. Apesar das críticas da oposição sobre a utilidade da nova ponte, o presidente da Câmara declarou que se trata de «uma obra emblemática que marcará o futuro da cidade». Na cerimónia, Carlos Pinto salientou também que um dos objectivos do actual mandato passou por «encontrar soluções inovadoras de mobilidade pedonal urbana», adiantando estarem já pensadas as obras para os elevadores do Jardim Público e Goldra/Biblioteca da UBI, «mas também um funicular de São João de Malta e uma ponte pedonal na Ribeira da Goldra, que unirá o bairro de Santo António à UBI».
Já Carrilho da Graça falou de uma ponte «económica e dotada de uma sensação de protecção e segurança», afirmando que a estrutura foi pensada «como elemento leve e suspenso, que estabelece uma forte relação com a profundidade e a largura do vale da Carpinteira». Por seu turno, Adão da Fonseca, engenheiro civil responsável pela obra, realçou que a ponte retrata «um pouco os trilhos da serra, pelas suas formas curvilíneas, que trouxeram grandes problemas em termos de engenharia». No entanto, considerou que a solução dos pilares dotou a ponte de «uma leveza assinalável».
