Arquivo

Inaugurada exposição sobre a primeira mulher a votar em Portugal

Mostra com documentos e objectos pessoais de Carolina Beatriz Ângelo foi apresentada no Museu da Guarda

O retrato da vida da primeira mulher a votar em Portugal já pode ser visitado na Guarda. Foi inaugurada, na passada quinta-feira no Museu da Guarda, a exposição dedicada à guardense Carolina Beatriz Ângelo, numa cerimónia integrada nas comemorações do centenário da República.

«Os visitantes vão poder aperceber-se das características da cidade da Guarda e o ambiente em que Carolina Beatriz Ângelo cá viveu, como era a cidade em finais do século XIX, e o percurso desta personalidade, nas áreas da medicina e da política», explicou a directora do Museu da Guarda, Dulce Helena Borges. No piso superior do museu, os visitantes podem apreciar, até dia 31 de Outubro, a vida e obra desta médica, sufragista e activista dos direitos da mulher nascida na Guarda em 1878. Através de um painel branco que cobre uma sala de uma ponta a outra, é contada cronologicamente a vida desta personalidade que morreu com apenas 33 anos, mas que deixou um legado significativo, ao nível da medicina, de alguns princípios básicos da República e dos direitos da mulher. A mostra foi inaugurada com documentos, fotografias e alguns objectos pessoais da primeira mulher a votar em Portugal, para além de outros objectos semelhantes aos utilizados pela médica em finais do século XIX, cedidos ao Museu da Guarda por instituições como os hospitais civis de Lisboa, ou a Maçonaria.

Para Dulce Helena Borges, a exposição «é uma homenagem às mulheres da Guarda e de todo o mundo, porque ela lutou pelos direitos das mulheres e algumas de nós, se estamos nestes lugares, a ela também lho devemos. Teve ainda o mérito de ser a primeira mulher a votar em 1911. É uma mulher fantástica, desconhecida, como todas as mulheres da República». Presente na cerimónia de inauguração da exposição, o Governador Civil da Guarda classificou a mostra como sendo «verdadeiramente notável». Santinho Pacheco sublinhou a «importância histórica que a cidade teve nos finais do século XIX, de tal maneira que foi possível que uma médica natural da Guarda fosse a primeira mulher a votar em Portugal e fosse uma líder em termos nacionais dos direitos da mulher».

Rafael Mangana Exposição sobre a vida e obra desta médica e activista dos direitos da mulher está patente até 31 de Outubro

Inaugurada exposição sobre a primeira mulher
        a votar em Portugal

Sobre o autor

Leave a Reply