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Inauguração da Escola Básica de Gouveia marcada por protestos

Professores aproveitaram a visita do secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar para se manifestarem contra o desemprego na classe

Dezenas de professores concentraram-se na tarde de segunda-feira junto à nova Escola Básica Integrada de Gouveia, durante a visita do secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, em protesto contra o desemprego e o «ataque à escola pública». Os docentes, afetos ao Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC), e alguns cidadãos chegaram a tentar travar a saída do governante após a visita, obrigando à criação de um cordão policial.

João Casanova de Almeida reagiu à manifestação admitindo que «quando alguém protesta é porque sente que algo não está a ser feito em função das suas expectativas». A propósito do despedimento de professores, o secretário de Estado afirmou que a escola em Portugal «está a ser construída na justa medida das necessidades» e acrescentou que «estão a ser contratados os professores adequados às necessidades». Já Francisco Almeida, do SPRC, prometeu repetir os protestos «sempre que um governante da área da educação estiver na região. A nova Escola Básica Integrada foi construída de raiz, com um custo superior a três milhões de euros, e situa-se junto ao Centro de Saúde num terreno cedido pela autarquia. A escola dispõe de um pavilhão desportivo, campo de jogos, biblioteca, salas de informática, bar, cantina, áreas de lazer, laboratórios, dois blocos com sala de aula e auditório.

Vai acolher 380 alunos vindos dos estabelecimentos do 1º ciclo das freguesias urbanas de S. Pedro e S. Julião e das freguesias de Vinhó e Nespereira, assim como os alunos do 2º ciclo do ensino básico do concelho. Contudo, o encerramento da escola básica de S. Pedro já foi contestado pela associação de pais e pela Junta local, presidida pelo socialista João Amaro. A providência cautelar apresentada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco sustenta que a transferência dos alunos para a nova escola é «uma clara violação do que determina a Carta Educativa do Concelho». Os signatários lamentam não terem sido ouvidos neste processo e denunciam que o novo estabelecimento «não foi dimensionado» para acolher tantos alunos, tendo sido necessário adaptar espaços para salas de aulas. «É um remedeio injustificável que em nada contribui para um ensino de qualidade», acusam, dizendo-se ainda preocupados com a falta de um «serviço adequado» de transporte público para o local.

Cordão policial conteve manifestação e facilitou saída do governante

Inauguração da Escola Básica de Gouveia
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