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«Imagem sólida» da Feira de São Bartolomeu cativa público e comerciantes

Expositores reconhecem importância do certame para os seus negócios e vendas

Expositores de diferentes sectores parecem estar de acordo quanto à importância e ao impacto económico na dinâmica empresarial que a Feira de São Bartolomeu traz à cidade de Trancoso durante os 10 dias do evento. Esta é a ideia deixada por alguns dos comerciantes que participam anualmente na feira franca mais antiga do país, quer pelo negócio que se concretiza nos dias do certame, quer pela oportunidade de divulgação dos seus produtos e o posterior retorno económico proporcionado.

Uma das áreas que, ano após ano, regista sempre grande adesão no espaço é a zona das tasquinhas típicas, de comes e bebes e de iguarias da região que podem ser degustadas no certame. Da zona de Aveiro, por exemplo, vai estar representada a Associação de Criadores de Bovinos da Raça Marinhoa, que vai participar pela quarta vez na Feira com um espaço de restauração. O gestor da associação salienta que se trata de um evento «que se tem pautado pela regularidade ao longo dos diferentes anos e tem todas as condições para continuarmos a participar», refere. Pedro Ferreira elogia também as «melhorias no espaço» registadas desde que participam com uma carne de Denominação de Origem Protegida, cujo consumo «tem sido satisfatório» por parte dos visitantes do evento. «O histórico diz-nos que no ano passado correu dentro das expetativas e como são consumos ocasionais, uma vez que não têm este tipo de carne acessível durante o resto do ano, acreditamos que vamos continuar a ser bem sucedidos», salienta.

Também António Pina, que vai estar presente pela primeira vez com a tasquinha D. Petisco, está confiante de que «o negócio vai correr bem», até porque o certame «tem uma imagem sólida no distrito e na Beira Interior e isso criou-nos alguma vontade de querermos participar». Por isso, o empresário acredita que vão ter «boas vendas», sendo que vão apresentar «coisas à medida e conta». Outra das tasquinhas vai ser explorada por Egídio Pinto, que, fruto da experiência da participação de 12 edições anteriores, garante que «se os artistas e o tempo forem bons, o negócio também é bom porque vem sempre muita gente». Revela que os clientes da sua tasquinha costumam ser «de outras zonas porque o pessoal de Trancoso opta por comer em casa», deixando uma sugestão à organização: «Acho que podiam apostar mais em música tradicional de feira e até é mais barato», adianta.

Estreante nestas andanças, Angelino Saraiva, proprietário da Maquisaraiva, que comercializa eletrodomésticos, sublinha que decidiu participar «mais para divulgar o nome, os produtos e os serviços da empresa», sendo que, «se à promoção conseguirmos aliar vendas melhor ainda». De resto, defende que «é importante estarmos presentes para as pessoas verem que estamos no mercado e sabemos que a feira costuma atrair muita gente». De um ramo completamente diferente, a Auto-Sertório, concessionário Citroen de Viseu e Guarda, vai participar pela segunda vez, tendo em conta que «o feed-back no ano passado em termos de vendas e de contactos com potenciais clientes foi muito bom, quer ao nível das viaturas comerciais, quer de ligeiros». Neste sentido, a empresa quis «repetir a presença», aguardando que nesta edição consiga «pelo menos» resultados idênticos aos do ano passado. «Atendendo à conjuntura de crise, temos que ter os pés bem assentes na terra», sustenta.

Outra estreante é a Sonipaulo, de Vila Franca das Naves, que comercializa materiais de construção civil. As expetativas são semelhantes às dos restantes expositores: «Vamos a primeira vez para ver se vale a pena e acreditamos que poderá ser rentável, porque a Feira vai ter muita gente, uma vez que é uma das maiores do distrito», refere o funcionário, Paulo Parcerias. Quem também lucra com o certame são os comerciantes estabelecidos em Trancoso, principalmente na área da restauração, como é o caso do restaurante Portas d’El Rei, que fica praticamente de frente para a entrada da Feira. Armando Antunes, funcionário do espaço, assegura que «a clientela aumenta bastante nos dias do certame», sendo que os clientes são «um misto de habitantes de Trancoso, emigrantes e de outras zonas». «Nota-se bem a diferença», pois «a Feira traz muita gente a Trancoso e anima muito o centro da cidade».

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