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Ilusão

Bilhete Postal

Não quero falar do governo porque ainda não percebi para onde vai e o que realmente está a ser feito. Não quero falar da Dilma porque me parece que a emoção cega a realidade e há um pecado esquerdista que provoca uma incoerência constante. Enquanto terrorismo de esquerda for bom, enquanto massacres por extremistas forem justificáveis pela luta contra o capital, enquanto ladrões com ideologia esquerdista forem mais de esquerda que bandidos, não falo porque a razão está a dormir e odeia que a incomodem. Não quero falar da maioria de direita que elegeu Marcelo e espera que ele derrube a maioria de esquerda que teve pelo menos nove candidatos contra ele. Também não quero falar dos que não votam e permitem todo este regabofe. Já agora não falo da reversão da TAP, da reversão do contrato dos petróleos e da perseguição aos endinheirados. Também evito falar dos “Panamá Papers” e dos BPN e do BES e do BPP e do triste facto de nunca ter sido apanhado. Não consigo produzir que chegue para entrar naquelas equipas. Também vou fazer silêncio sobre a tragédia das SCUT, do possível aumento do IMI, dos escalões do IRS e das taxas desiguais nas autoestradas. Vou evitar esclarecer a anormalidade da existência de modelo 2 para carros e da falta de benefícios para carros elétricos. Eu tenho esta ilusão de que bom mesmo, nos dias que correm, era estar na Suíça, aforrado de dinheiro no Panamá a comprar terrenos na Síria e na Líbia para preparar a sua reconstrução. O mundo é mesmo global!

Por: Diogo Cabrita

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