Ilda Figueiredo anunciou, na passada sexta-feira, que vai pedir apoios à Comissão Europeia (CE) para a produção do azeite, amêndoa e do queijo da Serra. A promessa foi deixada após uma visita da deputada comunista no Parlamento Europeu ao distrito da Guarda, no âmbito da iniciativa “Portugal Precisa – PCP Propõe”, realizada pela Direcção da Organização Regional da Guarda (DORG) e pelos eleitos do PCP em Estrasburgo.
A visita teve como objectivo tomar um conhecimento «mais aprofundado» dos problemas da agricultura distrital e alertar para a defesa da produção nacional agrícola, como o vinho, a pastorícia e o queijo, sem esquecer as consequências dos fogos florestais. Nesse sentido, a eurodeputada reuniu-se com a direcção da Associação de Agricultores do Distrito da Guarda, da Estrelacoop – Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela (Celorico da Beira) e com a Adega Cooperativa de Freixo de Numão para debater os problemas que mais preocupam os agricultores. No final desta jornada, Ilda Figueiredo disse, em conferência de imprensa, ter dado «particular importância às questões da agricultura, da floresta e do património construído», considerando «bastante positivo» a recente plantação de 20 mil pés de amendoeiras na zona de Freixo de Numão. «Vou levar este assunto ao Parlamento Europeu e sensibilizar a Comissão para o apoio aos produtores de amêndoa», anunciou, dizendo-se preocupada com a «falta de apoios» que os pequenos e médios agricultores têm tido.
«Estamos a caminhar para a destruição das pequenas explorações, o que é prejudicial para a região, porque poderá levar a uma maior desertificação», receia. Ilda Figueiredo manifestou-se ainda contra a liberalização do comércio do vinho, dizendo que poderá ser posta em causa «a qualidade do vinho e as práticas enológicas» do nosso país, já que com a liberalização se está a «promover a importação de mostos e misturas», avisa. A eurodeputada comunista garante que estas são questões que também preocupam «outros países da União Europeia», mas que, no geral, esses são «mais activos e dinâmicos», admitindo que existe uma «ligação mais estreita» entre governos e deputados.