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IEFP reclassifica mulher de coordenador do Centro de Emprego da Guarda

Conselho Diretivo anulou a classificação das entrevistas e coloca a docente na quarta e última posição do concurso para formadora

Cláudia Fonseca já não vai ocupar a vaga de formadora no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) da Guarda aberta no âmbito do concurso de professores do grupo de recrutamento 200 (Português e Estudos Sociais/História).

Depois das suspeitas lançadas sobre a seleção, o Conselho Diretivo do instituto decidiu anular a classificação das entrevistas, pelo que a docente, casada com um coordenador do centro de emprego local, foi reclassificada e surge na quarta e última posição do concurso. A lista definitiva foi divulgada na passada quarta-feira, sendo acompanhada de uma nota para esclarecer que, no caso da Guarda, foi «excecionalmente considerada como classificação final a graduação obtida na plataforma da Direção-Geral da Administração Escolar», que tem em conta, entre outros critérios, o tempo de serviço. Esta decisão foi justificada com «a necessidade de regularizar os procedimentos administrativos verificados no preenchimento desta vaga».

A polémica surgiu num blogue e foi noticiada por vários jornais, entre os quais O INTERIOR (ver edição de 14 de fevereiro). É que Cláudia Fonseca passou de 47ª a primeira classificada do concurso após a entrevista, tendo obtido uma nota final de 20,060 valores e o lugar para lecionar no centro de Emprego da Guarda até 2015. Na reserva ficou Sónia Batista (19,911), segunda classificada. Contudo, esta nota quase perfeita levantou suspeitas quando se soube que a docente era casada com um coordenador do centro de emprego local, Hugo Fernandes. Na altura, o IEFP desculpabilizou o marido mas abriu uma averiguação ao sucedido para assegurar «o estrito cumprimento da lei e dos princípios éticos subjacentes» num concurso que teve 340 candidatos.

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