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Iberdrola recorre

Empresa liderada por Pina Moura pode vir a ser o único concorrente em situação regularizada no concurso público para atribuição de 1.000 MW em potência eólica

O consórcio Iberdrola/Gamesa, que tenciona investir na Guarda cerca de 100 milhões de euros caso seja escolhido pelo Governo no concurso para instalação de um “cluster” nacional ligado à indústria e parques eólicos, interpôs um recurso hierárquico contra a decisão de terem sido aceites como válidas as propostas que, segundo a Iberdrola, conterão elementos não conformes com o caderno de encargos.

Segundo o semanário “Expresso”, está igualmente em aberto a possibilidade de impugnar a decisão final do júri do concurso que atribuirá as respectivas potências eléctricas. «Quer a Direcção-Geral da Energia quer a sua tutela, o Ministério da Economia, que adjudicam o concurso, ficam em situação delicada se for reconhecida a pretensão da Iberdrola. Nesse caso, sobra um único concorrente em situação regularizada perante o caderno de encargos: a própria Iberdrola», avança o jornal na sua última edição. O que, a verificar-se, poderia resultar numa nova adjudicação ou na possibilidade da Iberdrola poder concorrer isoladamente, «configurando, então, uma situação de ajuste directo», refere o “Expresso”, que admite que a solução legal para esta questão «não é clara». Este concurso licenciará um aumento de produção eléctrica correspondente a 8 por cento da energia produzida em Portugal. Na altura em que a questão foi colocada, a Iberdrola concluiu o reforço da sua participação na EDP (para 9,5 por cento), mantendo, para já, a participação na Galp – ambas integrando consórcios concorrentes. O quarto concorrente junta a Enel e a Enervento. A Iberdrola/Gamesa escolheu a Guarda para localizar grande parte do investimento previsto na sua candidatura. Trata-se de uma unidade de produção de componentes e montagem de aerogeradores, um centro logístico e um centro de despacho de energia eólica para Portugal e as regiões espanholas de Castela e Leão, Castela La Mancha e Extremadura. O consórcio prevê criar 300 novos postos de trabalho directos.

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