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«Houve o cuidado de que toda a gente integrasse a caderneta»

Cara a Cara – Entrevista: Jorge Pinto

P – Como surgiu a ideia de lançar uma caderneta com os “cromos” da ADE?

R – Já é uma ideia antiga. Antes de estar na ADE, estive na Associação de Futebol de Castelo Branco e a iniciativa surgiu há cerca de três anos. Inicialmente, foi lançado o repto aos clubes no sentido de fazer uma iniciativa destas de âmbito distrital, só que entretanto houve alguns processos pelo caminho que fizeram com que não se terminasse o projecto. Após ingressar na ADE, retomei alguns contactos que já tinham existido e adaptou-se a ideia às especificidades e realidade do clube.

P – Como é que os atletas acolheram esta iniciativa?

R – Acho que bem, não só os atletas, como também os pais. A adesão tem sido boa nestes primeiros quatro dias. Mesmo o próprio comércio específico que está disponível para vender este tipo de materiais tem aderido bastante. Todos os dias temos recebido contactos por parte de alguns locais no sentido de se disponibilizarem para colaborar e serem também postos de venda. Penso que isso é o melhor sintoma de que a iniciativa está a correr bem.

P – Onde se pode adquirir a caderneta? Quanto custa?

R – A caderneta custa cinco euros e cada saqueta com cinco cromos custa 50 cêntimos. Já pode ser adquirida em vários quiosques e tabacarias, para além das próprias instalações do clube. Temos o bar junto à sede da ADE, os quiosque do Centro Comercial da Estação, do Tribunal, da Central de Camionagem, do Jardim, do Canhoso, na Brincarte e no Balcão Bar na Garagem de S. João. Portanto, já é um conjunto bastante alargado. Inicialmente não estavam previstos tantos locais de venda, mas como já disse os miúdos e os pais têm entrado nos diversos quiosques da sua área de residência e perguntado pelos cromos e os comerciantes têm-nos contactado. Ao ritmo a que os cromos estão a ser vendidos irei brevemente contactar a empresa para produzir mais. Pelas minhas contas, é possível que se tenham que vender na ordem das 34 mil saquetas para que as pessoas possam completar as respectivas colecções. Além dos cromos, há um conjunto de brindes que vão saindo nas saquetas. Algumas casas comerciais da cidade aderiram à iniciativa e oferecem desde bebidas a bolas ou descontos nas compras.

P – Normalmente neste tipo de colecções há sempre um cromo mais difícil de sair. Também é o caso?

R – Sinceramente não sei. Acredito que sim, mas não faço a mínima ideia porque não estamos por dentro da produção dos cromos. A verdade é que isto não deixa de ser uma actividade comercial e, como tal, terá o seu segredo. Também foi um processo de que nos quisemos afastar, precisamente para evitar qualquer choque ou ideia menos positiva. A única coisa que recebemos antecipadamente em relação a qualquer criança que adquira os cromos foi um caixote para podermos distribuir pelos diversos locais.

P – Para além dos atletas, quem está mais representado na caderneta?

R – Houve o cuidado de que toda a gente integrasse a caderneta. O clube é constituído por um conjunto muito grande de pessoas e a caderneta integra desde os simples dirigentes aos atletas, à equipa do gabinete médico, a roupeiros, motoristas, coordenadores e funcionários administrativos. Ao todo são 321 cromos.

P – As verbas angariadas vão contribuir para o pagamento das obras do Complexo Desportivo?

R – Sim. Esta é uma das iniciativas previstas, no âmbito de outras que surgirão certamente. Esta, pela dinâmica própria, se calhar é mais visível, mas, ainda antes do Natal e com a mesma empresa, lançámos um conjunto de quadros que os pais puderam comprar. Agora, para além dos cromos, já vieram desde cachecóis a calendários a uns bonecos em acrílico. É um conjunto de actividades que tem o objectivo da conclusão ou, pelo menos, da parte inicial para a colocação do relvado sintético no complexo, que é o que mais nos preocupa.

Jorge Pinto

«Houve o cuidado de que toda a gente
        integrasse a caderneta»

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