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Hospitais da Guarda e Covilhã com prejuízos em 2009

ULS da Guarda teve resultado líquido negativo de 4,4 milhões de euros e o CHCB de 1,8 milhões

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda e o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) estão no lote dos 27 hospitais públicos com gestão empresarial que registaram no ano passado resultados líquidos negativos.

A unidade covilhanense teve um prejuízo na ordem dos 1,8 milhões de euros, enquanto que a da Guarda chegou aos 4,4 milhões. Dos 40 hospitais do país, só 13 apresentaram contas positivas, de acordo com dados ainda provisórios da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), divulgados na última segunda-feira pelo “Jornal de Notícias”. Os números indicam que os prejuízos dos hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial) dispararam 40 por cento em 2009, para os 295 milhões de euros. Em 2008 eram de 213 milhões. As unidades hospitalares têm até ao final deste ano para apresentarem os relatórios e contas, mas os números não deverão ficar longe das estimativas. A ACSS prevê que os custos dos hospitais, de cerca de 5050 milhões, se sobrepõem aos proveitos, de 4759 milhões. O Centro Hospitalar (CH) de Lisboa Central – que junta os hospitais de S. José, Capuchos, Desterro, Santa Maria e D. Estefânia – é o pior caso a nível nacional, com um resultado líquido negativo de 33,1 milhões de euros. O IPO do Porto é líder nas contas positivas. Deu 8,2 milhões de euros de lucro.

Entretanto, o Governo vai fazer uma «reflexão profunda» sobre o modelo de gestão empresarial dos hospitais, disse à Lusa o secretário de Estado da Saúde, comentando os resultados negativos destas unidades. «Temos de fazer uma reflexão profunda sobre a autonomia e o desempenho dos hospitais, porque os dados parecem indicar que o modelo de gestão não está a ser bem aplicado, uma vez que há desempenhos distintos para hospitais com perfil semelhante», referiu o secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar. Esta reflexão, acrescentou, «leva a avançar rapidamente com a avaliação dos Conselhos de Administração dos Hospitais» e com outras medidas, mas, vincou, «o modelo EPE (Entidade Pública Empresarial) não está em causa».

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