Temos vindo a assistir a algumas discussões parlamentares sobre a homossexualidade e os seus direitos sociais.
Uma das questões que surge a “negrito” neste complexo problema é o facto de se discutir o direito ao casamento entre pessoas homossexuais e consequente possibilidade de adopção de crianças por parte destes “cônjuges”.
Bom, não pretendo ser faccioso nem atropelar susceptibilidades, mas tenho o direito cívico e a obrigação social de manifestar a minha opinião, fundamentando-a em teorias científicas aceitáveis, do meu ponto de vista.
Para onde queremos levar a sociedade se avalizarmos estas pretensões? Já sabemos que o mundo e os comportamentos sociais crescem (…) para um patamar sem valores e desprovido de princípios éticos, contudo, há alguns pormenores que nos merecem mais atenção e um afinco mais renhido quando se trata de aprovar ou desaprovar. E neste caso concreto, desaprovo e discordo veementemente de qualquer possibilidade.
A natureza faz-se à sua medida e dentro de padrões que não podem nunca ser descurados, basta olharmos com atenção para a vida animal (…) para comprovarmos o desenlace das relações familiares num conflito constante de manutenção de hierarquias, papeis sociais e enquadramento familiar de cada um dos membros. Nós humanos, podemos sempre manipular os conceitos naturais, à custa da ciência e da evolução, cavar um fosso cada vez maior entre nós e os não racionais, mas abusar da inteligência ou de direitos infindos por sermos livres e inteligentes, parece-me doentio e anárquico.
Julgo que não podemos fazer algo só por “dá cá aquela palha” e é evidente que temos que ter em atenção o futuro da nossa espécie e das nossas sociedades sem nos remetermos para a satisfação do nosso ego de forma peremptória. Os homossexuais já vivem juntos há muito, o problema não reside fundamentalmente aí, mas se, por arrastamento lógico, lhes for concedido o direito ao matrimónio e o direito à adopção, estaremos seguramente a construir uma sociedade doente, mais insegura, menos capaz de evoluir sem determinadas patologias do foro psíquico.
Segundo Sigmund Freud, durante a idade da segunda infância, todas as crianças terão obrigatoriamente que resolver bem o Complexo de Édipo, que ocorre numa fase em que a criança se dá conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar. Portanto, concluímos facilmente que a criança, para ser saudável e manter padrões de desenvolvimento convenientes, precisa absolutamente de conviver num ambiente familiar composto por progenitores de sexo oposto.
Para além destes conceitos científicos é importante frisar que as tendências homossexuais não são, de todo, uma orientação, são uma consequência patológica do desenvolvimento hormonal e social, algo que lamento e respeito, mas com os devidos enquadramentos.
Fernando Birra, Quintas de S. Bartolomeu (Sabugal)