Os praticantes de “dirt jumping” da Guarda brilharam na pista do Parque Urbano do Rio Diz, no sábado, numa prova que contou com a participação de atletas de renome nacional. Ainda pouco conhecida, a modalidade conseguiu juntar algumas dezenas de adeptos e curiosos.
Nuno “Pintas”, atual campeão nacional, não deu espaço à concorrência e ficou em primeiro na categoria profissional, depois da ameaça de Rui Mendonça (Guarda) na qualificação. O piloto da Chamusca foi o mais consistente e garantiu as melhores pontuações da tarde, vencendo com naturalidade. Já Rui Mendonça superou Sandro Silva, ex-campeão nacional, e conseguiu o segundo lugar. O piloto da casa brilhou também na categoria BMX, onde afastou Sandro Silva do primeiro lugar com um segundo salto de elevada qualidade. Os dois atletas proporcionaram bons momentos e distinguiram-se na frente, com Francisco Quinaz (Guarda) a fechar o pódio. O jovem guardense não tinha os argumentos dos adversários, já que ainda é iniciado, classe que venceu e onde Ricardo Esteves efetuou um “backflip” pela primeira vez numa competição. Tiago Costa fechou o pódio.
A prova de promoção foi mais tranquila mas bem disputada, com Guilherme Ferreira (Cascais), João Cruz e Eduardo Fonseca, ambos de Celorico da Beira, a integrarem o pódio. Esta classe foi criada para os principiantes, muitos ainda sem patrocínios, como é o caso do terceiro classificado. «Não tenho apoios, mas estas provas dão sempre visibilidade porque depois há muitos vídeos», disse Eduardo Fonseca a O INTERIOR. Todavia, o jovem não participou apenas pela competição: «O objetivo principal é conviver e mostrar que, se fizerem isto com segurança, é divertido», acrescentou. Já Ricardo Cabral, quinto classificado na mesma prova, pratica “dirt jumping” há mais de dois anos. «Não é das modalidades mais conhecidas e podemos mostrar o que conseguimos fazer nestas provas», referiu o guardense.
Por sua vez, João Rodrigues, atual vice-campeão regional de “downhill”, que desta vez esteve na organização da prova pela Associação Desportiva e Cultural de Alfarazes, considerou que o mais importante «é ajudar os praticantes da cidade a evoluir». A competição juntou 20 praticantes, «o que é muito bom porque da outra vez tivemos 14 e não há muitos praticantes», afirmou, sublinhando que a Guarda tem boas condições para treinar, «o que falta são empresas que queiram patrocinar». Quanto ao “downhill”, o piloto está otimista: «Tive uma queda em Penacova que comprometeu os resultados mas estou a recuperar e dentro de um ou dois meses estarei em forma», declarou.
Sara Quelhas