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Há festas na cidade

Guarda está em festa até ao final do mês, com concertos, artesanato e animação popular

Goste-se ou não, as Festas na Cidade estão aí e começam amanhã. Simbolicamente com outros regressados, os GNR, que estão na mó de cima e a comemorar 25 anos de carreira com o CD “ContinuaAcção – O melhor dos GNR, Vol. 3”. Um revivalismo que os guardenses poderão encontrar nos palcos da Praça Velha e do parque municipal até ao final do mês. Simultaneamente decorre uma inédita BeirArtesanto, que sai este ano do pavilhão do NERGA para as ruas da Guarda.

As festas são vincadamente populares após um jejum de cinco anos e, como antigamente, prometem muita música, animação, barraquinhas de comes e bebes, carrinhos de choque e outras máquinas de diversão. O primeiro capítulo fica entregue, para além dos GNR, a Luís Filipe Reis – outro regresso –, que sobe ao palco montado no parque municipal no sábado à noite, João Pedro Pais (dia 28), Luís Represas (29) e um festival de folclore promovido pelo Centro Cultural da Guarda. Como aperitivo, programado para a Praça Velha, a organização escolheu os Galandum Galandaina, o teatro de revista de Fernando Mendes, com o espectáculo “O Peso Certo”, e os “Squeeze Theeze Pleeze”, autores de um tema da série televisiva “Morangos com Açúcar”. O fado também não foi esquecido e entoar-se-á a várias vozes no dia 27, com João Braga, Sofia Varela, Diamantina e Gonçalo Salgueiro. A autarquia, através de uma comissão de festas, presidida por Carlos Granjo, propõe-se gastar cerca de 143 mil euros e obter entre 30 a 40 mil euros de receitas de bilheteira. Contudo, os guardenses só pagarão (2,5 euros) para entrar no recinto do parque, já que os espectáculos da Praça Velha são gratuitos. Paralelamente, as principais ruas da cidade acolhem a BeirArtesanato, promovida pela Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), enquanto o pavilhão do parque alberga uma mostra de actividades e potencialidades das 55 freguesias do município.

«Temos que desenvolver acções e promover espectáculos para toda a gente e para todos os cidadãos», disse em tempos Joaquim Valente, que acredita que os guardenses vão rever-se neste programa popular. «O modelo teve bons resultados no passado e é aquilo que queremos para o futuro, pois a Guarda precisa de festas populares», sustentou o presidente da Câmara. O figurino tradicional das Festas da Cidade foi suspenso em 1998, quando passaram a realizar-se em três espaços distintos: Praça Velha, Alameda de Santo André e Jardim José de Lemos. No entanto, este modelo sem bilhetes pagos foi suspenso em 2002 com a justificação da «contenção de despesas» na autarquia, reconheceu Maria do Carmo Borges, presidente de então. As Festas regressaram em 2004 “coladas” à Feira de S. João, mas a iniciativa ficou aquém do esperado pelo que, no ano passado, não houve festas. Desta vez acontecem ao mesmo tempo que a XVIª edição da BeirArtesanato, que também começa amanhã com 85 artesãos inscritos, 35 dos quais oriundos do distrito. «É bom termos este número de participações da região, mas também é significativo haver muitos mais de fora, o que mostra que o nome da Beirartesanato já é uma referência no país», considera Teixeira Diniz, presidente do NERGA, que organiza em colaboração com a Câmara da Guarda, IEFP e Associação de Artesãos da Serra da Estrela. O certame decorre até 30 de Julho, no Jardim José de Lemos e nas ruas circundantes. Esta opção é “mais um atractivo” para dinamizar a Guarda neste período, atraindo os seus habitantes para a rua e mais visitantes. «A manter-se neste molde, a Beirartesanato pode vir a ser uma feira regional de artesanato no interior, onde não há nenhuma», espera Lemos Santos, coordenador da Acção Integrada de Base Territorial da Serra da Estrela, que apoia o evento. Os visitantes têm à sua espera artesanato variado, de Norte a Sul do país, tasquinhas e muita animação.

Luis Martins

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