A Feira das Tradições e Atividades Económicas surgiu em 1996 para divulgar e promover as artes e ofícios do concelho de Pinhel, mas também o património, a história, a gastronomia e a cultura das suas freguesias.
Hoje, esta celebração comunitária ultrapassou todas as expetativas e já é o maior certame de Inverno da Beira Interior, registando mais de 50 mil visitantes nas suas últimas edições. Com um tema diferente a cada ano, o certame organizado pelo município mobiliza dezenas de associações, Juntas de Freguesia, instituições e artesãos a mostrarem o que de melhor têm. Os produtos locais, como o vinho, o mel, o azeite, os enchidos e a doçaria, têm também nesta feira uma montra privilegiada, já que a organização criou um espaço próprio para a sua participação e promoção.
A par disso, estão também presentes produtos e serviços apresentados pelos agentes económicos do concelho, da região e de outros pontos do país. Este ano há também uma forte presença espanhola com oito stands institucionais, o que acontece pela primeira vez e confirma a projeção da Feira das Tradições. Durante três dias o evento assume-se, também, como um espaço de conhecimento, lazer e diversão, traduzido na realização de colóquios, desfiles alegóricos, atividades radicais e, ainda, variadas propostas culturais que vão da música tradicional aos concertos com nomes sonantes da música nacional.
Estes e outros argumentos são motivos mais que suficientes para ir à Feira das Tradições, romaria que milhares de pessoas já cumprem no fim-de-semana do Carnaval. Tudo começou no mercado municipal de Pinhel, em 1996, numa altura em que a feira não tinha tema específico. A atividade repetiu-se nesse espaço até 1999, quando se realizou no recinto da Escola Preparatória de Pinhel. No ano seguinte o evento decorreu no campo de futebol Astolfo da Costa e estreou uma temática, a da “Água – Património Universal”. Por ali ficou até 2006 com temas como “Azeite – Fonte de Riqueza e Saúde” (2001), “O Trabalhador Rural” (2002), “Artes e Ofícios” (2003), “Património Edificado” (2004), “Património Natural” (2005) e “Símbolos e Manifestações da Religiosidade Concelhia” (2006).
Em 2007, a Feira das Tradições mudou-se para as instalações da antiga fábrica de calçado Rohde, com o tema “Expressões Artesanais da Vida Rural”, e no ano seguinte decorreu no Centro de Congressos Desportivos e Exposições para divulgar a “Sabedoria Popular e Medicinas Alternativas”. Em 2009 a feira regressou às instalações da antiga fábrica de calçado Rohde sob a temática das “Energias Renováveis” e a 15ª edição, em 2010, deu destaque aos “Brinquedos Tradicionais” no mesmo local. Os antigos pavilhões industriais voltaram a acolher os certames de 2011 (“O Vinho e a Vinha”) e 2012 (“Gastronomia Concelhia”). O espaço ganhou nova designação em 2013, após ser adquirido pela autarquia, e o Centro Logístico de Pinhel passou a ser o palco da maior feira de Inverno da Beira Interior.
Nesse ano o tema foi “Canções, Contos e Lendas Tradicionais”, seguindo-se “História de Pinhel e das suas Instituições” (2014), “Feira das Tradições – 20 Anos” (2015), “Granito Cinza de Pinhel” (2016) e “Brasões, pelourinhos e cruzeiros” (2017). Este ano é a vez da “Música e Instrumentos”.
Os números da 23ª edição:
– 3 dias de feira/ festa
– Desfile carnavalesco com 1.200 participantes da comunidade escolar e dezenas de carros alegóricos
– 10.000 metros quadrados de área coberta no Centro Logístico de Pinhel
– 200 expositores e mais de uma dezena de tasquinhas
– Dois palcos
– 52 mil visitantes no ano passado
– 400 mil euros de orçamento