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Guidelines

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A ciência vai-se defendendo das novidades e dos discursos demagógicos com sistemas de triagem e de avaliação. Hoje um artigo científico pode conter imensas imprecisões e por isso é submetido a estudos randomizados comparativos com artigos semelhantes. Os artigos são testados e colocados em listas de gradação da sua veracidade. O grau de evidência das teses expostas e portanto a força da recomendação do que dizem é hoje tão científico como o seu conteúdo em si mesmo. Hoje temos de avaliar e validar as linhas orientadoras (os guidelines) que alguns editam sob formas quase mutiladoras da capacidade de avaliação dos técnicos perante a diversidade possível, sobretudo naquilo que é semelhante. Mas deveríamos criticar os guidelines? Não. Eles têm a função de dar igualdade e garantia de qualidade para aquilo que é semelhante. Então e a sua durabilidade é eterna? Não. Um guideline tem de ser monitorizado e constantemente avaliado nos seus objectivos. Se os objectivos estão muito aquém da sua expectativa temos de os mudar. Assim o espaço da novidade cabe nos resultados onde a expectativa está gorada. A monotonia (a rotina) pode ser alterada se o seu objectivo é mau. Uma maionese azeda sempre que o Manel a faz. Há que mudar o Manel. Continua péssima após o Zé a fazer. Há que deixar aquela receita e construir outra. Esta avaliação da rotina cria o espaço à novidade. Por estas razões é importante perceber a importância de triar, avaliar, monitorizar e construir os espaços da rotina dentro de uma lógica evolutiva.

Por: Diogo Cabrita

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