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Guarda vai ter semáforos limitadores de velocidade

Investimento de 300 mil euros pretende obrigar condutores a respeitar limites dentro da área urbana

Depois das rotundas, a Guarda vai ser brevemente semeada de semáforos. O objectivo da autarquia local é a instalação de equipamentos limitadores de velocidade em várias artérias da cidade. Esta medida representa um investimento global de 300 mil euros (60 mil contos) e pretende obrigar os condutores a respeitar os limites de velocidade dentro da área urbana. O concurso público já está aberto e assim que for escolhida a proposta mais vantajosa, a instalação dos aparelhos arrancará, o que deverá suceder até ao final deste ano, garante Esmeraldo Carvalhinho, vereador responsável pelo Trânsito na autarquia guardense. O projecto de semaforização da cidade, que deverá estar concluído em Fevereiro do próximo ano, visa «resolver os problemas que temos de excesso de velocidade em determinadas artérias que, pela sua configuração, perfil e pavimento, permitem velocidades muito superiores às permitidas na zona urbana», diz. Carvalhinho realça que à excepção do chamado cruzamento da Sequeira, que tradicionalmente apresenta «conflitos» de tráfego, os semáforos não serão instalados em qualquer outro entroncamento, já que aqueles que serão colocados «vão ser apenas e só para redução de velocidade. Não vamos criar mais filas de trânsito na cidade e não haverá paragens do fluxo de trânsito nos cruzamentos», garante o vereador. As Avenidas de São Miguel, Sá Carneiro, Cidade de Waterbury, José dos Santos, Rainha Dona Amélia, bem como a recta do Bairro do Pinheiro, vão ser alguns dos pontos da cidade previstos para a instalação dos sinais luminosos. Em suma, a colocação de semáforos vai ser feita em zonas que proporcionam uma «maior aceleração» para “travar” os aceleras e evitar «condições de insegurança», sublinha. Esta medida também foi tomada tendo em conta a recente descoberta de que a colocação de lombas, como sucede em vários locais, é ilegal: «Face à declaração de ilegalidade daquilo que eram os mecanismos que estávamos a utilizar para a redução da velocidade, as tradicionais lombas, tivemos que optar por outros», indica o vereador.

De resto, a autarquia está «convencida e consciente» de que as lombas utilizadas, por exemplo, na Avenida Rainha Dona Amélia foram uma «boa» solução, porventura «um pouco mais radical do que muitas pessoas poderiam esperar», reconhece Esmeraldo Carvalhinho. Neste sentido, a preferência da Câmara ia no sentido da continuidade das lombas, o que «infelizmente» não pode manter-se, daí que «o único método que se afigura eficaz e legal também é o que estamos a adoptar agora», adianta Carvalhinho. Juntamente com a colocação dos semáforos, e dentro do orçamento previsto de 300 mil euros, a edilidade vai proceder à colocação de vários painéis electrónicos em algumas zonas da cidade, de forma a «advertir os condutores de que circulam em excesso de velocidade», completa.

Ricardo Cordeiro

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