As 14 equipas permanentes de bombeiros a criar no distrito da Guarda deverão estar operacionais em Abril de 2008. O secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, reuniu na passada sexta-feira com autarcas de 12 dos 14 concelhos do distrito e com representantes das associações de bombeiros para explicar os objectivos do Governo neste campo.
No final da reunião, em que não estiveram presentes os autarcas de Vila Nova de Foz Côa e de Pinhel, o governante frisou que a resposta da maioria dos presidentes de Câmara foi positiva, adiantando que obteve «dez respostas imediatas» às suas pretensões. De resto, sublinhou que todos os presidentes de Câmara presentes anunciaram a «intenção de subscreverem os protocolos desde que se afinassem pequenos pormenores». Ascenso Simões adiantou ainda que tenciona celebrar os respectivos protocolos «até finais de Outubro», de modo a que a criação destas equipas possa ser desenvolvido. «Poderemos avançar então para a escolha dos elementos até final do ano», referiu, sendo que a formação decorrerá nos primeiros dois meses de 2008, de forma a que a «entrada em velocidade de cruzeiro, no desempenho das funções» se processe a partir de Abril. Estas equipas de bombeiros, que terão encargos anuais de 66 mil euros, serão suportadas, em partes iguais, pelas autarquias e pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. O Governo pretende criar 200 equipas de intervenção permanente até 2009.
Entretanto, na mesma ocasião, o governante revelou que, afinal, os bombeiros de Vila Franca das Naves vão ter direito a um novo quartel. É que o secretário de Estado salientou a «existência, pela primeira vez desde que há fundos comunitários, de recursos do próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para a área da protecção civil» e que serão destinados aos quartéis, equipamentos, informação e comunicações, planeamento e a intervenções. É neste âmbito que se insere a construção do novo quartel daquela vila do concelho de Trancoso, que é agora considerada uma prioridade, sendo que o projecto deverá ser candidatado até Fevereiro do próximo ano. Júlio Sarmento já felicitou o Governo pela opção de recorrer aos fundos comunitários, considerando que assim «ganha o Estado e a Câmara, porque o esforço de investimento é menor». O autarca de Trancoso espera também que esta solução torne possível o arranque da construção do quartel no próximo ano. De resto, justifica a mudança de posição da tutela com «o reconhecimento das circunstâncias precárias em que se encontra o actual espaço».
