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Guarda será a sede da “Águas de Lisboa e Vale do Tejo”

Mega empresa de abastecimento e saneamento vai agregar os municípios do Interior Centro e da Área Metropolitana de Lisboa

A Guarda vai acolher a sede da nova empresa multimunicipal de abastecimento e saneamento, a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, uma mega concessão criada no âmbito da reforma do setor das águas aprovada em Conselho de Ministros na passada quinta-feira.

Esta sociedade resulta da fusão de oito sistemas de água e saneamento e agrega os municípios do Interior Centro e da Área Metropolitana de Lisboa. Na conferência de imprensa após a reunião, o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou que a criação de sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento do Norte, Centro Litoral e Lisboa e Vale do Tejo irá promover uma «harmonização tarifária» entre o interior e o litoral, sendo que na nossa região está estimada uma redução de cerca de três euros do preço da água enquanto no litoral haverá uma subida gradual da ordem dos 30 cêntimos/ano. Segundo o “Jornal de Negócios”, o governante referiu ainda que esta «importância da coesão territorial» se traduz também na localização das sedes sociais das novas empresas, ficando a Águas do Norte SA em Vila Real, a Águas do Centro Litoral SA em Coimbra e a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, na Guarda.

Com esta reforma, o Governo espera reduzir «em dois terços» os corpos sociais da Águas de Portugal SA, passando o número de administradores de 70 para 20 e de diretores de 300 para 150. Esta autêntica “revolução” elimina ainda «uma norma que vigorava há vinte anos» sobre os caudais mínimos, que «obrigava os municípios a contratualizar consumo de água de que não necessitavam». Por cá, o anúncio da escolha da Guarda para sede da maior empresa multimunicipal de água e saneamento foi recebida efusivamente. «A escolha da Guarda é motivo de grande satisfação e uma prova inequívoca de coragem por parte do atual Governo», disse Álvaro Amaro, segundo o qual a reforma do setor da água «é corajosa» e «repõe a justiça reclamada há muitos anos pelos autarcas do interior». Na sua opinião, «não é justo que os guardenses paguem pela água o dobro que os habitantes da capital».

Também as distritais dos partidos da maioria vieram a terreiro elogiar a medida e a escolha da Guarda para sede daquela mega concessão. O CDS-PP, liderado por Henrique Monteiro, considera que o Governo «reforça a posição da capital do distrito ao permitir sediar aqui o centro de decisão de uma empresa de um dos mais importantes setores estratégicos do nosso país». Já o PSD, presidido por Carlos Peixoto, começa por destacar o processo de harmonização tarifária que se segue e felicita o Governo por sediar a empresa de Águas e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo na Guarda. «É um passo relevante e efetivo para atenuar os desequilíbrios territoriais do país. O Governo tratou a Guarda e a região sem preconceitos, dando um contributo claro para a valorização do nosso território e, acima de tudo, para a consolidação da evidência de que o Interior do país também é Portugal», destaca o PSD guardense.

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