A Guarda é, desde 2013 (conforme noticiou o INTERIOR em http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=758&id=43731&idSeccao=10466&Action=noticia e http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=759&id=43810&idSeccao=10485&Action=noticia), o concelho que mais exporta na região das Beiras e Serra da Estrela. Nos últimos três anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o município reforçou ainda mais a sua performance exportadora e lidera destacadamente no interior Centro neste domínio com empresas como a Coficab, a Dura Automotive, ou a Sodecia.
Entre 2013 e 2015 (ver quadro), o período analisado pelo INE, a venda de bens produzidos na Guarda para o estrangeiro aumentou sempre, registando uma variação positiva de 19,6 por cento, passando de 207.581.298 euros (2013) para 248.299.051 euros (2015). Pelo meio, em 2014, as exportações representaram 217.321.540 euros. Na região Centro, a Guarda foi mesmo a sede de distrito que mais cresceu em termos percentuais, seguida de Leiria (+16,1 por cento), Aveiro (+5,1) e Viseu (+3,3). Pelo contrário, as exportações decresceram em Castelo Branco (-22,7 por cento) e Coimbra (-17,8). Em valores absolutos, em 2015 a Guarda exportou mais que Castelo Branco (36.871.520 euros), Viseu (82.382.906) e Coimbra (96.676.565), mas ficou abaixo de Aveiro (594.432.558 euros) e Leiria (554.070.018), que são os concelhos mais exportadores do Centro do país.
Por cá, o desempenho das empresas localizadas na Guarda não tem comparação nestes três anos em valores absolutos, mas em termos percentuais o concelho que mais sobe é Gouveia, com um aumento impressionante de 263,6 por cento – de 314.809 euros em 2013 para 1.144.654 euros em 2015. De resto, neste triénio as exportações cresceram em nove municípios da região, com destaque para Manteigas (+98,5 por cento), Almeida (+27,2), Vila Nova de Foz Côa (+37) e Pinhel (+20,9). E baixaram em oito, sendo que o pior desempenho registou-se em Figueira de Castelo Rodrigo, onde as vendas para o exterior do país caíram 79,4 por cento – de 616.454 euros para 127.290 euros em 2015. Municípios como a Covilhã e o Fundão também viram as suas exportações baixar, respetivamente -1,4 e -8,6 por cento nos três anos em análise.
Os dados das exportações de bens de 2015 são os mais recentes disponibilizados pelo INE e foram divulgados no final do ano passado. A nível nacional, em 2015, as exportações cresceram 5,3 por cento face ao ano anterior. Em 2016, a performance terá sido mais humilde, já que até novembro a variação acumulada do ano havia estagnado nos 0 por cento. Contudo, de acordo com o “Jornal de Negócios”, para este ano as empresas perspetivam um aumento das exportações de 5,3 por cento.
Luis Martins