Ribeiro e Castro não gostou nada do modo degradado como encontrou o Centro Histórico da Guarda. O presidente do CDS-PP esteve na capital de distrito, onde participou numa acção de campanha de rua com o cabeça-de-lista à Câmara da Guarda, Joaquim Canotilho, e ainda em Pinhel e no Sabugal. O líder dos populares acredita no reforço da votação no distrito, frisando que a desejada eleição de um vereador na autarquia da Guarda trará um «novo rumo» aos destinos do município.
Partindo do “Central” em direcção ao Centro Histórico, Ribeiro e Castro fez questão de entregar a propaganda do CDS/PP em muitas lojas, à medida que ia cumprimentando os, poucos, cidadãos que ia encontrando na rua. Chegados à Rua do Comércio, à passagem da sede de candidatura de Joaquim Valente, o presidente dos populares acenou com o braço, cumprimentando os seus opositores, e já não terá visto o abraço do candidato socialista a Canotilho. De seguida, o candidato do PP à autarquia mostrou ao seu líder a casa onde viveu o escritor Augusto Gil e que está «uma vergonha», clamaram em uníssono os dois. Na Rua Direita, Joaquim Canotilho recebeu elogios de moradores e comerciantes. «Este senhor foi criado aqui. Nós precisamos dele… e vai ganhar» disse uma moradora, a que um comerciante, de pronto, juntou que «precisamos de um presidente para a cidade e para o Bairro de S. Vicente, o mais antigo e mais bonito da Guarda, mas também o mais abandonado», criticou. «Não temos tido ninguém na Câmara da Guarda que olhe por nós. Precisamos de um presidente dentro deste bairro e o senhor Quim Canotilho é a melhor pessoa para o lugar», reforçou. Chegados ao Centro Histórico, Ribeiro e Castro deparou-se com o cenário «degradado» e «abandonado». «Basta ir a Cáceres, aqui ao lado, e ver o contraste. Isto é deitar fora o que de bom se tem», ripostou enquanto olhava para o actual estado da Judiaria. «O que se passa na zona história é uma vergonha. A valorização do património é indispensável para reforçar a atractividade turística desta região. Agora, quando tratamos mal os nossos tesouros estamos a cavar a nossa ruína e o abandono», criticou. De seguida, o presidente do CDS-PP mostrou a sua destreza física ao subir a um gradeamento para dar um panfleto a uma moradora da zona velha da cidade. Ao passar pela antiga casa de outro escritor, José Augusto Castro, por sinal também em mau estado, Joaquim Canotilho ironizou que «os escritores na Guarda não são muito acarinhados».
Ribeiro e Castro salientou a importância que a eleição de Canotilho como vereador poderá ter no futuro da autarquia. «A presença do CDS na Câmara influenciará num rumo novo os destinos do município e basta olhar a Guarda para ver que é preciso sangue novo e um vento fresco que só o CDS pode trazer com ideias e energias novas», garante. De resto, o líder dos populares manifestou a convicção do CDS/PP «reforçar a posição e a presença autárquica no distrito», sublinhou.
Ricardo Cordeiro
