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Guarda entra no “mundo” das Sex Shop’s

Loja de “malandrices” abriu a semana passada na Rua Comandante Salvador Nascimento

Desde a semana passada que a Guarda faz parte do mapa de localidades portuguesas que têm uma Sex Shop. A população do distrito já pode adquirir um um vasto leque de produtos relacionados com o erotismo e o sexo na “Malandrices II”, localizada na Rua Comandante Salvador Nascimento, nas traseiras do pavilhão do Inatel. Este é um tipo de negócio em expansão, daí que o empresário Hélder Campino, depois das lojas em Viseu e na Guarda, ambiciona inaugurar até ao final do ano mais algumas em várias cidades do interior.

Desde cuecas comestíveis, que em Viseu têm sido um «sucesso», a bonecas insufláveis, passando por lingerie provocante, potenciadores, afrodisíacos, pau de cabinda, óleos de massagem, lubrificantes ou os inevitáveis filmes e vibradores, «há de tudo um pouco» na loja, garante o proprietário. De resto, quem estiver à procura de um presente «diferente» para oferecer a um amigo ou amiga numa despedida de solteiro ou num aniversário, «fugindo àquilo que é corriqueiro, como um livro ou um perfume», pode encontrar o que procura nesta Sex Shop. Um espelho que simula um orgasmo, bonecos com um formato “engraçado”, bandoletes para noivas ou aventais são alguns exemplos de artigos invulgares à venda. A aposta na Guarda aconteceu porque «o interior não tem nada deste género. Comecei em Viseu, onde o negócio, felizmente, vai correndo bem, tanto que saltei para a Guarda e quero ver se não paro por aqui. Quero ver se daqui até ao final do ano ainda consigo abrir mais uma ou duas na região», adianta. Covilhã, Castelo Branco ou Vila Real poderão receber num futuro próximo as próximas “malandrices”. «Há várias cidades do interior que estão à espera de uma loja deste género», garante o empresário.

No caso da Guarda, a loja passou a ser mais procurada a partir da última sexta-feira, dia em que foi distribuída publicidade alusiva ao estabelecimento. «Assim que começámos a distribuir os “flyers” apareceram logo mais pessoas, o que é normal», revela Hélder Campino. A “Malandrices II” destina-se a todo o género de pessoas, desde que maiores de idade, ressalva o empresário, que lamenta que muita gente ainda fique assustada ao ouvir falar numa Sex Shop, «quando nem sequer sabem o que está cá dentro», refere. Aliás, acha mesmo que este tipo de lojas pode ser «uma solução» para problemas conjugais. «Tenho aqui produtos que podem alterar isso. Há lingerie que é diferente, mais erótica, e se o companheiro levar à namorada ou à esposa uma lingerie diferente garanto que essa noite vai ser diferente e que começam a ver-se com outros olhos», assegura. O empresário mostra-se bastante confiante quanto ao sucesso da loja e nem mesmo o facto da Guarda já ter tido uma Sex Shop, que fechou pouco depois de abrir devido a protestos da população, afecta o seu optimismo. A “Malandrices II” está «num sítio onde as pessoas só entram se querem». Além disso, nada é visível do exterior. «Os protestos devem-se à ignorância das pessoas pelo facto de não saberem o que há aqui dentro e também a alguns tabus», atira Hélder Campino.

Ricardo Cordeiro

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