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Guarda é o segundo distrito com mais área ardida

Fogo da Bendada (Sabugal), em agosto, foi maior do ano em Portugal, tendo consumido 1.720 hectares

A época de incêndios terminou com a Guarda novamente incluída entre as três regiões do país com mais área ardida. Entre 1 de janeiro e 31 de outubro, as chamas consumiram 10.933 hectares no distrito, que foi o segundo mais afetado pelos fogos este ano. O primeiro lugar pertence a Vila Real (12.985 hectares) e o terceiro a Bragança (10.579 hectares).

Nestes três distritos ardeu quase metade da área total (70.193 hectares) contabilizada pela Autoridade Florestal Nacional (AFN). Um dado para o qual muito contribuíram meses de setembro e outubro demasiado quentes e secos, o que teve consequências no recrudescimento dos incêndios neste período. Só na primeira quinzena do mês passado arderam na Guarda mais de 3.000 hectares, quase tanto como nos primeiros seis meses do ano. A segunda quinzena foi menos destruidora, tendo ardido 1.183 hectares no distrito. De acordo com o último relatório da AFN, neste período houve três grandes incêndios, com destaque para a Mêda, onde arderam 421 hectares a 19 de outubro. O fogo de Vila Franca do Deão (Guarda) ocorreu três dias depois e consumiu 200 hectares, enquanto no mesmo dia ardiam em Pinhel 113 hectares.

Desde o início do ano registaram-se no distrito 753 ocorrências (2.075 em Vila Real e 992 em Bragança), das quais 410 foram fogachos (área ardida inferior a um hectare) e 343 incêndios florestais. No total, arderam 9.335 hectares de matos e 1.598 de povoamentos, tendo-se verificado ainda 41 reacendimentos. Em termos nacionais, o maior número de ocorrências verifica-se no Porto (6.482), enquanto Vila Real foi o distrito com mais incêndios florestais (916) e Aveiro aquele que teve maior número de reacendimentos (870). Já o maior incêndio do ano aconteceu em agosto na Bendada (Sabugal), quando arderam 1.720 hectares.

Condições atmosféricas em setembro e outubro agravaram estatísticas

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