A Câmara da Covilhã decidiu não dar tolerância de ponto aos seus funcionários na terça-feira de Carnaval, respeitando a orientação do Governo.
O presidente Carlos Pinto entende que, «numa altura de grave crise nacional, justifica-se plenamente tal orientação», tendo em conta a «necessidade de mobilização de recursos para a sua superação», ao mesmo tempo que se deve «sinalizar, perante a comunidade internacional, a responsabilidade das Instituições político/administrativas nacionais». Quem contesta a decisão do Governo é o autarca de Seia. Carlos Filipe Camelo diz mesmo que se trata de uma opção «altamente penalizadora» para o setor do turismo no seu concelho.
Em comunicado, o edil solidariza-se com os vários agentes económicos do município que, nos últimos dias, têm manifestado junto da autarquia «as suas preocupações sobre a previsível quebra de público» e de receitas.
«É incompreensível que, numa altura em que a economia se encontra deprimida, por força da austeridade que os portugueses estão a sofrer, se retire, com um anúncio à última da hora, aos agentes económicos da região a capacidade de trabalhar, gerar receita e criar riqueza», justifica o autarca. De resto, Carlos Filipe Camelo recorda que, este ano, «grande parte do tecido económico associado à atividade turística aguardava pelo Carnaval» para «compensar algumas das quebras geradas com a falta de neve». Na Guarda, Joaquim Valente assumiu que vai cumprir as determinações do Governo, pelo que não haverá tolerância de ponto nos serviços municipais na terça-feira.