(…) É verdade! Que futuro pode ter uma cidade como a Guarda quando o IPG não consegue atrair alunos. O IPG que é a maior fonte de receitas da cidade. (…) E vemos que, ao lado, a Universidade da Beira Interior continua a crescer e atrair alunos. Tem cursos variados e que se afirmam a nível nacional. Tem um corpo docente que vem ganhando reputação e assegura credibilidade à instituição. (…) Tudo ao contrário do Politécnico da Guarda, cujo futuro está – como disse – cada vez mais em causa. (…) Não sei de quem é a culpa, mas sei que há muitos anos prometeram uma universidade à Guarda, mas nunca tivemos dirigentes com categoria para a reivindicar ao mais alto nível e conquistá-la. Promessas vãs, mas poucas. Bem recordo os discursos grandiloquentes de Abílio Curto, de Marília Raimundo, de Álvaro Amaro e tantos outros. Mas era uma grandiloquência “prá terrinha”, longe dos corredores do poder e silenciados no palco das verdadeiras decisões. Por isso, à Guarda restou o direito a um Politécnico como a todas as cidades. Um politécnico debilitado numa cidade sonâmbula, adormecida (…). Os filhos da Guarda partem (…), porque percebem que o futuro não passa por aqui.
Ana Gonçalves, Guarda
Comentários dos nossos leitores | ||||
---|---|---|---|---|
|
||||