Exposições de Paula Rego, Fernanda Fragateiro e Sebastião Resende, escultura e pintura ao vivo, colóquios, ateliers e poesia visual, entre outras atividades, assim vai ser a IIIª edição do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea.
A arte sai à rua pelo terceiro ano consecutivo na Guarda com mais uma edição do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea. O SIAC começou na segunda-feira com a inauguração das exposições de pintura “Transformações”, do coletivo Algarve Artists Network, e “Transparências”, de Brigitte Von Humboldt, no TMG.
Até dia 18 estão programadas dez exposições e instalações, arte ao vivo (escultura, pintura e gravura), colóquios, palestras, arte urbana, ateliers, poesia visual, recitais, apresentação de livros e ciclos documentais. O SIAC vai repartir-se pelo museu, TMG, Alameda de Santo André, Praça Luís de Camões, Solar dos Póvoas, Rua 31 de Janeiro, Arquivo Distrital e Campus Internacional de Arte Contemporânea. A novidade deste ano é a realização do 1º Congresso de Criação na Arte Contemporânea, agendado para os amanhã e sábado, e a “Land Art” em Vila Soeiro. Sob o tema “As vanguardas da Memória”, o evento reúne 140 artistas de 21 países e tem como grande destaque as exposições de Paula Rego, Susana Miranda ou Fernanda Fragateiro.
De resto, o simpósio organizado pela autarquia, através do museu local, vai prestar tributo à pintora radicada em Londres, uma das mais conceituadas artistas plásticas da atualidade, com uma grande retrospetiva intitulada “As infâncias perduráveis” e que reúne obras provenientes da Casa das Histórias Paula Rego, Centro de Arte Manuel de Brito e Fundação de Serralves. A mostra será inaugurada amanhã (18 horas) pelo ministro da Cultura, Luis Filipe Castro Mendes. Na sessão de abertura do IIIª SIAC o presidente da Câmara considerou que a Guarda é hoje uma cidade «afirmada e afirmativa e ainda mais respeitada por aquilo que é capaz de fazer». E para Álvaro Amaro este simpósio é um evento «culturalmente impressionante» que transforma a cidade numa «capital nacional da Cultura» durante 14 dias. Isto numa altura em que o município está a preparar a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027. Por sua vez, João Mendes Rosa, diretor do museu e coordenador do SIAC, sublinhou que o evento é «um projeto plural que granjeia muito prestígio à cidade e é um marco na arte contemporânea em Portugal».
Novo Banco cede cinco obras ao Museu da Guarda
Amanhã é também um dia histórico para a Guarda com a assinatura de um protocolo entre a Câmara e o Novo Banco para a cedência de cinco obras de arte contemporânea portuguesa da coleção da instituição bancária.
O acordo será rubricado na presença do ministro da Cultura, que vai apadrinhar a cedência ao Museu da Guarda de quadros de João Hogan, Nikias Skapinakis, José de Guimarães, Júlio Resende e Luís Pinto Coelho, cinco nomes sonantes da pintura da segunda metade do século XX. As obras ficarão em exposição permanente numa área criada especialmente no museu. Na sexta-feira serão ainda inauguradas as exposições “Recliner [after MvdR] and other sculptures”, de Fernanda Fragateiro, e “Sobre a Terra Fendida Uma Chama”, de Sebastião Resende. O SIAC conta com o apoio da Universidade de Salamanca, da Casa das histórias Paula Rego, da Fundação Dom Luís, do Centro de Arte Manuel de Brito e da Fundação Serralves.
Luis Martins