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Guarda assume capitalidade regional com nova sede da CIMBSE

Edifício dos antigos Paços do Concelho acolhe a estrutura técnica e de gestão da comunidade intermunicipal, bem como o “Solar dos Sabores”

A nova sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), inaugurada no sábado nos antigos Paços do Concelho, na Praça Velha, é «uma obra que projeta a Guarda no futuro», considera Álvaro Amaro.

Para o presidente da Câmara, este foi um passo importante numa altura em que «a cidade tem vindo a afirmar-se em termos regionais e é hoje sede de uma entidade supramunicipal que, ou muito me engano, ou passará também por aí a futuro da nova organização do Estado. É por isso um grande dia para mim». O edifício vai acolher a estrutura técnica e de gestão da comunidade, bem como o “Solar dos Sabores”, uma zona de exposição e venda de produtos regionais “gourmet” dos quinze concelhos que compõem a CIM. Além do seu poder simbólico e administrativo, a sede contribuiu também para «darmos vida ao centro da cidade e trazermos gente para a zona histórica», acrescentou o autarca. No seu discurso Álvaro Amaro lembrou que a Câmara também construiu a sede da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior e que com estas obras promoveu a reabilitação do “coração” da cidade mais alta. «Eram dois espaços que estavam abandonados, a cair, que colocámos de pé em três anos para dar vida ao centro histórico», sublinhou o edil, reconhecendo que ainda há «um longo caminho» a percorrer para dinamizar a zona antiga guardense.

«Uns gostam muito de fazer planos, eu gosto mais de fazer obras. É por isso que a Guarda se tem vindo a afirmar. As pessoas dizem que estão-se a resolver problemas de há 30 anos nestes últimos três anos. Nós resolvemo-los porque em vez da grande dialética, nós projetamos e realizamos», acrescentou aos jornalistas no final da sessão, adiantando que o imóvel contíguo à sede poderá acolher mais serviços da CIMBSE e atividade privada. Segundo a autarquia, a empreitada teve um custo final de 287 mil euros, comparticipados em 85 por cento pelos fundos comunitários, aos quais se somaram 348 mil euros pagos pelo município aos proprietários do edifício contíguo necessário para a realização dos trabalhos. Por sua vez, Carlos Filipe Camelo, presidente da CIMBSE, declarou que a comunidade intermunicipal tem «iniciativas, já mostrámos do que somos capazes», e pediu mais meios financeiros e competências. «O Estado deve descentralizar e conferir mais competências e atribuições para as comunidades intermunicipais. No nosso caso, precisamos de um envelope financeiro com outra robustez», disse o também presidente da Câmara de Seia. «As CIM não podem ser apenas um meio para a descentralização administrativa, devem servir também para corrigir as assimetrias regionais», alertou o autarca, que também reclamou «mecanismos que promovam a participação cívica» nas CIM.

Luis Martins «Esta obra projeta a Guarda no futuro», afirmou Álvaro Amaro na inauguração da sede na Praça Velha

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