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Guarda à espera da Volta a Portugal

Etapa, que sai de Favaios, termina na zona do Estádio Municipal por volta das 16h30

O próximo domingo promete ser um dia de emoções fortes na Guarda, já que a cidade mais alta vai receber o final da oitava etapa da 68ª Volta a Portugal em bicicleta. O dia seguinte será o único em que o pelotão passará pela Torre, o ponto mais alto da Serra da Estrela, na tirada que liga Gouveia ao Fundão. A competição termina na terça-feira em Castelo Branco.

A etapa que termina na Guarda parte de Favaios e tem uma extensão de 166,4 quilómetros, sendo considerada pela organização como uma jornada de «alta dificuldade, a última com final a subir e onde os potenciais candidatos à vitória final poderão ter uma palavra a dizer». A caravana entra no distrito da Guarda pela barragem do Pocinho, subindo depois para Vila Nova de Foz Côa, onde está instalada uma meta volante. Os ciclistas rolarão então por uma excelente estrada e passam ao lado de Trancoso, no cruzamento do Chafariz do Vento, rumo a Freches e Celorico-Gare. Na Lageosa do Mondego têm à sua espera o último “sprint” bonificado, antes de dirigirem para Vila Cortês do Mondego e o Porto da Carne, onde começarão a subir pela Estrada Nacional 16 rumo à Guarda, passando por Chãos, Prado, Cubo e o quartel dos bombeiros da cidade. Posteriormente, os ciclistas contornam a rotunda à esquerda, passam em frente ao Instituto Politécnico e viram à direita no cruzamento da Dorna, com a meta a ficar frente ao Estádio Municipal. A chegada está prevista por volta das 16h30. Será a chegada mais alta desta Volta, situando-se a 1.005 metros de altitude, coincidindo com um prémio de montanha de 2ª categoria, onde os trepadores terão uma palavra decisiva.

Para Joaquim Gomes, director da competição, «a subida para a meta, desde o Porto da Carne até ao Estádio Municipal da Guarda, mais devido à sua extensão do que à sua inclinação, pode continuar a fazer uma selecção de valores». Por este final de etapa, a Câmara da Guarda paga à organização da Volta cerca de 50 mil euros. O documento assinado com a João Lagos Sport prevê inícios ou finais de etapa na cidade durante os próximos quatro anos. No dia seguinte disputa-se a etapa que liga Gouveia ao Fundão, na distância de 144,1 quilómetros, e que deverá ser decisiva para se encontrar o vencedor da competição. À semelhança do que aconteceu no ano passado, a Torre volta a não acolher nenhum final de etapa. O pelotão apenas passará no ponto mais alto da Serra da Estrela na segunda-feira, dia em que se corre a mais curta de todas as etapas em linha, mas nem por isso a menos difícil. Saindo de Gouveia, os corredores vão dirigir-se para as Penhas Douradas, onde terão uma contagem de montanha de 2ª categoria, rumando depois para Seia e S. Romão para uma meta volante, continuando a subir em direcção ao Alto da Torre, prémio de montanha de categoria especial. A descida da serra será feita por Manteigas, num percurso que pode gerar uma luta interessante entre trepadores e os ciclistas mais atrasados a tentarem recolar.

Em Manteigas ficará nova meta volante, com a caravana a dirigir-se depois pela EN232, passando pelo Sameiro, Vale de Amoreira, Valhelhas e Vale Formoso, onde apanham a EN18 em direcção ao Fundão. A última meta volante da etapa situa-se em Orjais. Na capital da Cova da Beira, a meta está instalada na Avenida da Liberdade e está agendada para perto das 17h20. Joaquim Gomes relembra que a ligação para a cidade fundanense decidiu a Volta em 2005 e este ano «isso também pode suceder», frisando que «a descida para o Fundão não é provavelmente a que todos esperariam, pois será utilizada a vertente para Manteigas e depois Covilhã por fora e Belmonte». A prova termina na terça-feira com um contra-relógio individual que ligará Idanha-a-Nova a Castelo Branco, na distância de 39,6 quilómetros. Esta edição da Volta disputa-se em 10 etapas, com a caravana a percorrer mais de 1.500 quilómetros.

Ricardo Cordeiro

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