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GTL para a zona antiga do Fundão já está em marcha

Centro da cidade vai sofrer intervenções de requalificação e revalorização até 2005

Até ao final de 2005 o centro urbano do Fundão vai ter uma “nova cara” graças à intervenção programada pelo Gabinete Técnico Local (GTL) na zona antiga da cidade. A funcionar há cerca de meio ano, o GTL apresentou na última quinta-feira, na presença do secretário de Estado do Ordenamento do Território, Paulo Taveira de Sousa, a estratégia a levar a cabo em 25 hectares de intervenção. Para além da elaboração de um Plano de Pormenor para a zona antiga, o GTL tem ainda como objectivos a requalificação urbana e ambiental do espaço público, a revitalização do comércio local e a recuperação de edifícios públicos notáveis, caso do Casino Fundanense.

Edifício que será colocado em concurso público, «provavelmente dentro de três meses», adiantou o presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes, que considera esta obra como «emblemática» para o concelho. Daí que o autarca garanta mesmo que a obra de recuperação do edifício – transformado em pavilhão multiusos, com gabinetes de apoio e arquivo municipal – «não vai ficar para trás» mesmo não tendo recebido ainda as verbas respeitantes aos 75 por cento da comparticipação da Direcção-Geral do Território e Desenvolvimento Urbano, no âmbito do Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas (PRAUD). Mas a intervenção do GTL para a zona antiga do Fundão prevê ainda beneficiações na Rua da Cale, Largo de Santo António, Largo do Eiró e da Praça do Município, bem como o prolongamento da Avenida Vasco da Gama. A requalificação do Parque das Tílias, já em curso, também está incluída. A ideia é substituir o pavimento do parque por relva para tornar aquele espaço «mais aberto à cidade e fazer com que as pessoas o usem com mais prazer», sublinhou o arquitecto Carlos Manuel dos Santos, coordenador do GTL, estando ainda previsto um palco para pequenos espectáculos e uma casa de chá.

Mas para Manuel Frexes, é necessário que o Governo crie uma comissão de acompanhamento da revisão do Plano Director Municipal (PDM), que, no espaço de um ano, deve ser «adequado à nossa terra». É que apesar das revisões de 1980, 1990 e 2000, o PDM continua a «não dar resposta às necessidades do concelho» impedindo a concretização de investimentos «fundamentais» relacionados com a indústria e os equipamentos sociais, culturais, desportivos e turísticos. Paulo Taveira de Sousa garantiu a nomeação dessa comissão, pois «não é compreensível que um instrumento, depois de ratificado, tenha erros significativos», sublinhou, mostrando-se ainda agradado com o trabalho desenvolvido em todo o país pelos GTL’s. Nesse sentido, garantiu a sua continuidade, mas disse desconhecer os atrasos das verbas para os municípios, que comparticipam o GTL em 25 por cento.

Liliana Correia

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