Arquivo

Grupo de Educação Física preocupado

Polidesportivo novo e inacabado

Os professores de Educação Física lamentam que as obras do Polidesportivo novo se eternizem depois de tanto tempo já decorrido após a conclusão do grosso das obras. De adiamento em adiamento, de promessa em promessa, já lá vão muitos meses e o Polidesportivo não anda nem desanda, nem vêm de cima explicações cabais sobre o que se passa. É assim que Helder Jerónimo, coordenador do Departamento de Expressões, exprime a sua surpresa e desapontamento diante de toda esta demora numa conversa que mantivemos no passado dia 31 de janeiro.

Helder Jerónimo rememorou ao EXPRESSÃO a história deste Polidesportivo que parece que está enguiçado. Em primeiro lugar foi a polémica das medidas do espaço. Verificou-se um pouco depois do começo das obras que o projeto não previa as medidas regulamentares para competições desportivas. Como não foram previstas as margens de segurança houve que alargar o polidesportivo de forma a que o campo efetivo de jogo fosse o regulamentar, permitindo abrir o espaço à utilização da comunidade e de entidades associativas e federativas. Sem esta ampliação seria aliás impossível ter três recintos com dimensões razoáveis para 3 turmas ao mesmo tempo. Mas, ao eliminar-se um espaço no topo que ia servir para uma pequena bancada, teve que se criar uma bancada na lateral onde só cabem agora poucas dezenas de pessoas e quase ao nível do solo. Para além disso, os espaços anexos, nomeadamente para arrecadações, são reduzidos para os equipamentos necessários e alguns exigem descida de escadas. As tubagens das águas pluviais ficaram no interior e estão em relevo sobre as paredes do polidesportivo, assim como os extintores, constituindo um perigo evidente para os utentes.

Então e o piso? Helder Jerónimo lembra que foi difícil convencer a Parque Escolar a instalar um piso de flutuante em madeira no Polidesportivo já que estava tudo previsto para um pavimento em linóleo como o que está no Ginásio. E porque não servia um pavimento como este? Responde Helder Jerónimo: por causa das lesões previsíveis ao nível articular que é importante evitar. E no Ginásio? No Ginásio os alunos evoluem muitas vezes num praticável e nos colchões de queda, o que evita mais problemas. Este tipo de pisos deixou de se pôr nos polidesportivos em todo o lado. Assim a caixa de ar do flutuante vai amortecer as quedas e evitar lesões.

Outra luta foi o aquecimento. Não vai ser colocado nenhum sistema de aquecimento no Polidesportivo assim como nos outros espaços de Educação Física, incluído o Ginásio atual, de onde foi arrancado o sistema de aquecimento anterior substituído por nada. Então e o frio que os professores e jovens vão apanhar na deslocação de e para os balneários aquecidos? Vai-se de um síitio quente para um frigorífico” e isso não interessa? A Parque Escolar disse que ponderaria mais tarde a colocação de aquecedores amovíveis. Mas fica a dúvida se isso resolve.

Num ano em que a ESAA investiu no Desporto Escolar e em que se atraíram alunos para a Escola por via das instalações desportivas estamos a defraudara s expectativas e os equipamentos, tanto do novo Poli como dos outros espaços, estão por assegurar. Como o Polidesportivo ia abrir, não se asseguraram os espaços suficientes para o Desporto escolar, havendo agora indisponibilidade de outros espaços, estando algumas modalidades coletivas e o badminton a ser muito prejudicadas (as jornadas do Desporto Escolar com as equipas da ESAA estão até a decorrer fora da Guarda por causa disso).

Entretanto, quase na hora de fecho desta edição, tivemos conhecimento por Helder Jerónimo que decorreu na passada segunda-feira, 6 de fevereiro, uma reunião dele próprio com a arquiteta responsável da obra, que apresentou soluções para a maior parte dos problemas acima assinalados, encarando-se mesmo para breve o fim dos trabalhos do polidesportivo. Assim, de “nem um pirilampo se vê” se pode passar a “uma luz ao fundo do túnel”.

Grupo de Educação Física preocupado

Sobre o autor

Leave a Reply