O grupo de cidadãos que interpôs uma providência cautelar para travar as obras no Parque Municipal da Guarda vai recorrer da sentença que considerou improcedente o pedido de anulação do contrato da empreitada.
«Considerando a nossa discordância relativa aos pressupostos e argumentos que serviram de base à decisão do tribunal, iremos proceder ao recurso desta decisão», refere o grupo em comunicado divulgado na segunda-feira. Há quinze dias o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco julgou improcedente o pedido de anulação do contrato da requalificação do Parque Municipal e absolveu a Câmara da Guarda e a empresa adjudicatária. O grupo de cidadãos sublinha que, apesar desta sentença desfavorável, a providência cautelar permitiu «melhorar o projeto de requalificação em curso». Os signatários constatam ainda que a intervenção inicial previa o corte de 37 árvores, mas que a providência cautelar resultou «no adiamento do seu abate, tendo dado lugar à reconsideração da possibilidade da sua preservação».
Segundo o grupo de cidadãos, «tivesse havido transparência nos procedimentos e capacidade de diálogo e, com certeza, nunca o assunto entraria no tribunal». Entretanto, o presidente Álvaro Amaro já anunciou a culpa pelos dois meses de atraso nas obras do parque municipal «não morrerá solteira».