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Greve dos enfermeiros com adesão elevada na Beira Interior

Centros de saúde fechados e cirurgias foram adiadas por falta destes técnicos de saúde

Os níveis de adesão à greve dos enfermeiros mantiveram-se na região Centro entre os 70 e os 95. Segundo os dados recolhidos pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e pelo Sindicato dos Enfermeiros do Centro, na passada quarta-feira, a adesão nos estabelecimentos de saúde manteve durante a tarde os níveis elevados da manhã. Vários centros de saúde estiveram encerrados todo o dia por falta de enfermeiros e muitos hospitais operaram quase só com serviços mínimos, como os de Seia (95 por cento de adesão), Leiria (92,5 por cento), Guarda (95 por cento), Centro Hospitalar de Coimbra (90,7 por cento) e Instituto de Oncologia (99 por cento). «Esta adesão não foi surpresa para nós, mas parece ter sido para o ministro e para o Governo», afirmou Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Por seu turno, Fernando Correia, do Sindicato dos Enfermeiros do Centro, considera que «nalguns casos até se verificou aumento da greve», um «sinal do empenho destes profissionais» em contrariar a proposta de aumento da idade da reforma. De acordo com dados dos sindicatos, em Castelo Branco, a adesão em todo o distrito atingiu valores entre os 75 por cento na capital do distrito a 79 por cento na Covilhã, verificando-se uma média de adesão nos centros de saúde na ordem dos 53 por cento. Na Guarda, a adesão nos centros de saúde atingiu os 88 por cento e no hospital distrital 14 serviços foram afectados pela paralisação dos enfermeiros contra o aumento da idade da reforma.

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