Tem até domingo para ver a exposição de gravuras de Vieira da Silva no TMG. Comissariada pela Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, a mostra daquela que é considerada uma das maiores pintoras portuguesas do século XX é composta por 33 obras.
As gravuras escolhidas são representativas da evolução do trabalho da artista e serão das mais importantes na área da gravura, uma arte que apreciava e valorizava. A seleção obedeceu a critérios de representatividade técnica (do buril à águatinta, serigrafia e litografia), data de produção (entre 1960 e 1991, ou seja, todo o período de maturidade da artista) e diversidade temática e plástica, de representações mais abstratas a representações figurativas, todas elas resultantes de um similar percurso da pintora nesta arte. Nascida em Lisboa, Maria Helena da Silva (1908-1992) estabeleceu-se como pintora em Paris, onde conheceu o marido Arpad Szenes. Artista da Segunda Escola de Paris, tornou-se uma das artistas abstratas mais celebradas na Europa do pós-guerra, com as suas originais composições geometrizadas.
Após um período de exílio no Brasil durante a II Guerra Mundial, foi-lhe concedida a naturalidade francesa, país que a acolheu para o resto da vida e onde obteve os maiores galardões artísticos nacionais e internacionais. A partir de 1958, organizaram-se retrospetivas da sua obra por toda a Europa. A exposição tem entrada livre.