A paródia está montada no grande auditório do TMG, no sábado à noite, com o grupo mais subversivo da música nacional. Os Ena Pá 2000 estão de regresso aos palcos para ver se é desta que conseguem ser a «pior banda mundo».
Após mais de 20 anos de carreira, esta ambição falhou redondamente, já que Manuel João Vieira (aliás, Lello Minsk) e seus pares tornaram-se numa das referências culturais do pop “underground” português. No seu percurso orgulhosamente semi-clandestino, esgotaram plateias desde o saudoso Rock Rendez Vous, até ao Pavilhão Carlos Lopes – que rebentou pelas costuras durante o famoso Merdaconcerto – passando com distinção em Coimbra, onde são reis da Queima das Fitas. Autores de álbuns como “Enapália”, “És Muita Linda”, “Opus Gay” e “2001 – Odisseia No Chaço”, os Ena Pá 2000 lançaram recentemente o seu último trabalho, intitulado “A Luta Continua”, cujos temas fazem parte do alinhamento deste concerto. Mas é certo que também não faltarão outros que os celebrizaram.
Conforme se pode ler numa recente auto-descrição, os Ena Pá 2000 são «virtuosos tocadores e malabaristas de palco com largos anos de experiência no ramo, proporcionam momentos inesquecíveis com agradáveis subtilezas linguísticas e semânticas num jogo em que todos são convidados a entrar. Uma banda aparentemente vulgar que de vulgar não tem nada, as duas valquírias indicam o caminho a seguir ao longo da travessia pouco católica do Cónego Lello, também vulgarmente conhecido, no seio e nos seios das artes plásticas por Manuel João».
