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Governo pediu amortização antecipada de toda a restante dívida ao FMI

A ideia é acelerar o reembolso de 12 mil milhões de euros para aproveitar as baixas taxas de juro praticadas atualmente no mercado.

Pedro Passos Coelho afirmou esta tarde que o Governo decidiu submeter aos parceiros europeus um novo pedido de amortização antecipada de toda a restante dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

«Decidimos já no quadro do Programa de Estabilidade submeter à Comissão Europeia, e portanto também aos nossos parceiros europeus, um novo pedido para uma amortização de toda a restante dívida ao FMI», afirmou o primeiro-ministro durante um almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana, num hotel de Lisboa.

Antes, o primeiro-ministro recordou que está «em curso a amortização antecipada de cerca de 14 mil milhões de euros ao FMI». Até agora foram já reembolsados ao FMI 5,1 mil milhões de euros deste primeiro montante, cuja antecipação de pagamento já estava autorizada. A ideia do Governo é acelerar o reembolso dos restantes 12 mil milhões, para aproveitar as baixas taxas de juro que estão a ser praticadas no mercado.

Recorde-se que nas tranches mais antigas (com mais de três anos), o FMI cobra uma taxa a rondar 4 por cento e Portugal paga, neste momento, menos de 2 por cento na dívida a 10 anos. A decisão de avançar com o reembolso antecipado do resto do empréstimo foi anunciada pela ministra das Finanças na conferência de imprensa de apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento. O objetivo, pelas contas do Governo, é conseguir uma poupança acumulada em juros de 730 milhões de euros.

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