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Governo paga 25 euros por tonelada de madeira queimada

Parques dos distritos da Beira Interior ainda não têm local definido

O Governo vai comprar madeira queimada aos produtores florestais afectados pelos incêndios das últimas semanas. A decisão foi anunciada na quarta-feira da semana passada pelo ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, Armando Sevinate Pinto. O “preço de garantia” determinado por tonelada para apenas «madeira de pinho com um diâmetro superior a sete centímetros» é de 25 euros, adianta Coelho Silva, sub-director da Direcção Regional da Agricultura da Beira Interior (DRABI).

A madeira queimada vai ser recebida em parques próprios, constituídos pelas Associações de Produtores Florestais e possivelmente pelas autarquias, espalhados por todo o território nacional, mas os locais de entrega nos distritos da Guarda e Castelo Branco ainda não estão definidos. No entanto, Coelho Silva adianta que a DRABI gostaria de «não ultrapassar um parque por concelho», já que «as despesas de transporte são muitas», indica. O sub-director da DRABI sublinha, no entanto, que os 25 euros são «uma espécie de preço mínimo», daí aconselhar os produtores a tentarem vender a sua madeira por mais dinheiro, antes de recorrerem a estes parques. Um factor a ter em conta é que «à medida que o diâmetro da árvore vai aumentando, também sobe o seu valor», sublinha. Por outro lado, as árvores com madeira de pinho com um diâmetro inferior a sete centímetros «não têm preço de intervenção», existindo o «problema» de as retirar do mato. Os produtores florestais que quiserem vender a madeira queimada ao Governo deverão dirigir-se aos parques, onde a mesma será pesada, sendo-lhes entregue uma «espécie de factura» para depois receber o respectivo montante. Entretanto, o Governo já está a negociar com empresas dos sectores de pasta, celulose, cimentos e energia a revenda da madeira comprada.

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