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Governo chamado a intervir para resolver crise têxtil em Seia

Problemas em empresas apoiadas pelo IAPMEI põem em causa 400 postos de trabalho

O presidente da Câmara da Seia pediu a intervenção urgente do Governo para resolver a crise que afecta as empresas do sector têxtil daquele concelho serrano e que ameaça cerca de 400 postos de trabalho. Em carta enviada ao ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Eduardo Brito refere que os problemas estão a surgir em empresas que, na sua maioria, foram objecto de reestruturação através do sistema de incentivos à revitalização e modernização empresarial (SIRME), do IAPMEI. Estes apoios foram aplicados sobretudo nas fábricas Moura Cabral (Loriga), Alvalã (Vila Cova), Têxtil das Lamas (Santa Marinha) e Vodrages (Vodra), mas segundo o autarca a situação é «mais preocupante» em Loriga e Vila Cova por causa do predomínio têxtil nestas localidades e das respectivas empresas atravessarem actualmente «grandes dificuldades». O presidente do município está convicto que a crise resulta das «dificuldades económicas que advêm da conjuntura» do país, que, na sua opinião, afecta sobretudo as regiões do interior. «Se ficarmos apenas dependentes do funcionamento do mercado, as consequências sociais serão muito graves», avisa Eduardo Brito, adiantando ter também escrito aos quatro deputados eleitos pelo distrito. «Está em causa a coesão social do concelho. O Estado não pode refugiar-se na lógica dos números, tem que intervir e não pode fazer de conta que não acontece nada», refere. A intervenção solicitada ao Governo ocorre depois da auscultação das comissões de trabalhadores, dos empresários e sindicatos. O município manifesta-se ainda disponível para prestar todos os esclarecimentos ao ministro «para que o Governo garanta a viabilidade das empresas e, consequentemente, dos respectivos postos de trabalho». Nesse sentido, sugere desde já a reavaliação dos acordos e da participação do Estado nestas empresas, através do IAPMEI.

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