O Governador Civil da Guarda deslocou-se na quinta-feira às instalações da Roquegest, uma empresa de formação, contabilidade e consultoria, onde debateu com alguns formandos a problemática dos incêndios no distrito.
Nesta sessão de formação aberta, Santinho Pacheco ouviu as preocupações e as dúvidas dos alunos sobre o flagelo dos incêndios num distrito que foi o mais fustigado do país até ao momento. Questões como «porque motivo os proprietários não limpam os seus terrenos», «o que pode motivar alguém a atear um fogo», ou «porque é que o distrito foi o mais atingido pelos incêndios», foram as principais dúvidas debatidas na tarde de quinta-feira. O Governador Civil explicou, resignado, que o distrito tem estado «sempre entre os cinco primeiros» do país no que à área ardida diz respeito e justificou esse protagonismo «pelas condições do clima», utilizando um ditado popular que caracteriza as condições meteorológicas da Guarda como sendo «”nove meses de Inverno e três de inferno”».
Além do clima, Santinho Pacheco considerou a «mão criminosa» como sendo o principal factor dos incêndios: «Loucos, gente que gosta de ver as chamas ou de sentir o barulho das sirenes e os carros de bombeiros a andarem para cima e para baixo», referiu. A «negligência» foi outra das causas apontadas, já que, apesar de haver uma lei que obriga os proprietários a limparem os terrenos envolventes às propriedades, muitas vezes tal não sucede, «e nada lhes acontece», lamentou. A sessão desenvolveu-se a partir do “tema de vida” dos formandos – “Ambiente” – trabalhado no âmbito de um curso EFA (Educação e Formação de Adultos) de Operador/a de Armazenagem, que decorre desde 7 de Abril e até Maio na Roquegest.
Instalada na Guarda desde 1998, a Roquegest é uma empresa de formação, contabilidade e consultoria com 20 anos de existência. Já ministrou cursos de formação a cerca de cinco mil formandos, sendo este curso EFA o segundo a ser ministrado na delegação guardense.
