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Gouveia pode ficar sem PSP em 2006

Ministério quer reestruturação territorial das forças de segurança

«Por este andar, o melhor é irmos todos para Lisboa um dia destes», critica o presidente da Câmara de Gouveia após saber que a esquadra local da PSP está na lista das unidades que o Ministério da Administração Interna (MAI) tenciona fechar em 2006.

Um cenário que, aliado a outras intenções governamentais, deixam Álvaro Amaro preocupado com o futuro do interior. «Fico algo impressionado quando este Governo diz que fecha escolas, que quer extinguir municípios ou concentrar os serviços de Urgência hospitalar e fala agora no fecho das esquadras da PSP. A continuar assim, parece-me que tem é que estudar o que quer do país», sugere. Recordando que se tem falado na saída da PSP da “cidade-jardim” desde 2003, o autarca pede «calma e ponderação» à tutela, mas avisa desde já que vai defender a manutenção da esquadra com “unhas e dentes”. «Tenho a forte esperança de que sejam apenas mais uns simpáticos estudos e que o bom senso há-de imperar. Se assim não for, cá estaremos», promete, lamentando que a autarquia não tenha sido consultada sobre o assunto. Já a forma como o estudo foi revelado «só vai contribuir para “stressar” as populações», admite.

Actualmente com cerca de 30 elementos, a esquadra da PSP de Gouveia é a única da Beira Interior em risco de encerrar, pois o município tem menos de 15 mil habitantes e um destacamento da GNR a operar na zona. Mas, nessa eventualidade, os seus agentes e oficiais deverão ser transferidos para o acanhado edifício do Governo Civil, onde está sediado o comando. Na Guarda, mais de 110 polícias debatem-se diariamente com instalações precárias enquanto não avançar a construção do novo comando, prometido desde 1998. Com esta medida, o MAI pretende obter verbas que lhe permitam restaurar imóveis degradados e também auto-financiar-se para comprar equipamento, nomeadamente armas e viaturas.

Segundo o levantamento do Gabinete de Segurança do MAI, mais de 20 esquadras da PSP e dezenas de postos da GNR poderão fechar total ou parcialmente já no próximo ano, no âmbito do plano de reestruturação territorial das forças de segurança que está a ser pensada pela tutela. O objectivo é obter verbas que lhe permitam restaurar imóveis degradados e também auto-financiar-se para comprar equipamento, nomeadamente armas e viaturas.

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