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GNR desmantela armazém de material roubado

Valor dos objectos recuperados pelo NIC de Gouveia rondará os 100 mil euros

O alegado receptador, detido pela GNR de Gouveia na última sexta-feira na zona de Oliveira do Hospital, ficou proibido pelo tribunal de contactar com indivíduos de etnia cigana e vai ter que se apresentar periodicamente no posto policial da sua área de residência. O homem de 72 anos viu ainda ser-lhe determinado o pagamento de uma caução de…..

A detenção resultou de uma operação-relâmpago levada a cabo pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR gouveense, que desmantelou, numa freguesia de Oliveira do Hospital, um verdadeiro armazém de material roubado em Gouveia, Seia e nos concelhos vizinhos. A acção permitiu ainda identificar três homens em Seia, suspeitos da autoria dos roubos, supostamente concretizados nos últimos três anos. O material recuperado foi tanto que a GNR foi obrigada a recorrer a uma camioneta da Câmara de Seia para transportar várias aparelhagens, ferramentas eléctricas, agrícolas e da construção civil, bem como uma dezena de motores e elementos de sistemas de rega. Para além disso, foi igualmente apreendido um automóvel, um motociclo e duas armas sem registo. Cunha Rasteiro, comandante do destacamento de Gouveia, estima que o valor destes objectos ronda os 100 mil euros. De resto, alguns dos proprietários já se deslocaram ao posto de Vila Nova de Tázem, no concelho de Gouveia, para identificar os seus pertences.

«As investigações indiciam que os indivíduos identificados furtavam o material e entregavam-no depois ao detido, que vendia a mercadoria noutros locais do país, como confessou», adiantou Cunha Rasteiro, referindo que o mesmo admitiu dedicar-se a este trabalho «há três ou quatro anos». A GNR acredita por isso que o material recuperado resulta de dezenas de roubos, «alguns já identificados, pois há dezenas de queixas nos postos da GNR desta área», mas desconfia que uma parte substancial possa já ter sido vendida entretanto. «Com esta operação, pensamos ter posto cobro a um grupo que se dedicava ao furto em residências, cuja actuação variava. As queixas que temos incluem o furto simples – o desaparecimento de objectos –, alguns perpetrados com ameaças e outro tipo de situações. Falta agora fazer a ligação deste material com esses furtos», explicou, dizendo que alguns dos envolvidos tinham antecedentes criminais por este tipo de crimes e outros.

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