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Gil Barreiros considera «ridículo» que corporações só sejam apoiadas em “épocas de fogo”

Presidente dos voluntários de Gouveia diz que combate a incêndios nesta altura do ano colocam associações humanitárias em risco de falência

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gouveia, Gil Barreiros, insurge-se contra o facto de «todas as despesas de combustíveis, desgaste de material e alimentação correrem por conta dos bombeiros», isto porque «não estamos em fase de alerta amarelo».

Esta reação foi divulgada anteontem, após um «dia complicado» para os “soldados da paz” gouveenses, que tiveram que combater dois incêndios nas freguesias de Arcozelo da Serra e Paços da Serra. Este último mobilizou 31 homens, entre voluntários, “canarinhos” e sapadores florestais, com o apoio de 10 viaturas, e foi extinto por volta das 21 horas, depois de ter lavrado numa zona de mato desde as 14h20. Em comunicado, Gil Barreiros lamenta que os bombeiros sejam «mal tratados pelo poder público e incompreendidos na sua nobre missão», alertando para o facto da corporação não ter dinheiro «para gastar nestas ocorrências extemporâneas e não previstas pelo ridículo do estipulado para “épocas de fogo”». O dirigente, que também preside à Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda, avisa de resto que estes fogos «colocaram-nos em situações perigosas de falência económica e rutura operacional e não podemos garantir o socorro do que é público se os poderes oficiais não nos respeitam».

Gil Barreiros considera «ridículo» que
        corporações só sejam apoiadas em “épocas de fogo”

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