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Gelo provocou despistes com camiões nas auto-estradas da região

Condições atmosféricas adversas apanharam desprevenidos três condutores de pesados na A23 e A25

O mau tempo voltou a causar estragos nas estradas da região. Em apenas 24 horas registaram-se três acidentes com veículos pesados na A23 e A25, devido à formação de neve e gelo ao longo da última semana.

Um pesado de mercadorias parou o trânsito na A23 durante parte da manhã de quinta-feira entre os túneis da Ramela e do Barracão. O veículo despistou-se devido ao gelo na estrada e embateu contra o separador central de cimento, tendo obstruído as duas vias, no sentido Covilhã – Guarda. Chamadas ao local, as autoridades tiveram que improvisar uma passagem pela berma para a fila de carros que, entretanto, se foi acumulando. Na manhã seguinte, mais dois despistes com pesados de mercadorias: sensivelmente no mesmo local do dia anterior, mas no sentido oposto, outro camião embateu contra o separador central. Na mesma manhã, verificou-se um despiste do mesmo género, mas ao quilómetro 182 da A25, na zona de Pínzio na descida para a Ribeira das Cabras. Em qualquer um dos casos, apenas se verificaram danos materiais. Para o comandante do Destacamento de Trânsito da GNR da Guarda, os acidentes explicam-se pelo «declive» do local. «No sentido ascendente há uma quebra de tracção, nomeadamente nos pesados de mercadorias, enquanto que no sentido descendente, por mais lento que vá o pesado, com a formação de gelo há grandes probabilidades dele se atravessar na via», refere Cláudio Saraiva, que adianta que «a zona mais crítica é entre o nó da Benespera e o nó da Guarda Sul, com maior incidência na zona entre os túneis da Ramela e do Barracão», precisamente onde ocorreram os acidentes na A23. O responsável aproveita para ressalvar que os acidentes com este tipo de veículos têm mais impacto porque «normalmente implicam o corte da via», pelo que se torna «muito mais difícil a intervenção das autoridades», isto, apesar de «acontecerem com a mesma frequência dos ligeiros», diz.

«Os pesados de mercadorias oferecem muito mais condições de segurança do que os ligeiros», acrescenta. «Não se pode passar a mensagem que é inseguro circular num pesado de mercadorias nestas condições climatéricas, e que é seguro circular num ligeiro. É exactamente o contrário», sublinha.Ainda na sexta-feira, a meio da tarde, um veículo ligeiro de mercadorias despistou-se na VICEG, no troço que liga as rotundas da ponte pedonal à do McDonald’s, tendo a carrinha ficado assente no asfalto num dos lados. Ao tentar desviar-se de outro veículo, o automobilista sinistrado não contou com o gelo e embateu violentamente contra um poste de electricidade, que foi mais tarde retirado por precaução, já que ficou na eminência de cair. Apesar do aparato e do carro ter ficado com as quatro rodas no ar, o condutor saiu ileso do acidente, tendo-se apenas registado danos materiais.

Rafael Mangana Trânsito na A23 ficou congestionado com o pesado a obstruir as duas vias

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        auto-estradas da região

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