Na Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo 2006/2007 no Instituto Politécnico da Guarda, realizada na semana passada, o presidente da instituição manifestou a vontade de que a crise por que passa o estabelecimento não conduza a uma eventual fusão com outras instituições de ensino superior ou à sua adaptação para outros fins: «Poderá, com a época de fortes constrangimentos orçamentais, assistir-se à tentação de destruição de instituições de mais baixa procura, ou no mínimo, à reorientação dessas instituições para outros objectivos», sublinhou Jorge Mendes.
Para o professor, «estão a atingir-se os patamares mínimos, a partir dos quais a degradação da qualidade do sistema não poderá ser evitada», alertou, criticando a tutela. Deste modo, «passou-se de uma fórmula de financiamento baseada nas necessidades das instituições, que é certo que nunca cumpriram, para uma fórmula nacional, distribuindo o mal pelas aldeias». De resto, os problemas financeiros e de falta de alunos no IPG são uma preocupação constante para Mendes que afirmou que «corre-se o risco de um sub-financiamento não controlado, que afectará inquestionavelmente a qualidade das instituições, temendo-se a sobrevivência de algumas», sublinhou. Quanto ao futuro, o presidente do IPG lançou desafios às várias escolas. Assim, a Escola Superior de Turismo e Telecomunicações (ESTT) de Seia «tem que deixar cair o último T», devendo apostar na formação de activos das áreas hoteleiras e de restauração. Quanto à Escola Superior de Saúde, poderá, dentro de dois a três anos, abrir valências de terapia ocupacional, reabilitação ou fisioterapia, em estreita colaboração com a Associação de Beneficência Popular de Gouveia, cidade onde seria ministrado o curso, segundo as orientações da Escola.