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Futuro dos IC’s na corda da Serra resolvido até ao fim do ano

Requalificação da EN 339 (Seia/Torre) vai avançar, prometeu Mexia a Eduardo Brito

O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações deverá apresentar até ao final do ano uma proposta quanto ao futuro dos traçados dos Itinerários Complementares (IC) 6 e 7, projectados para a corda da Serra há mais de uma década. A promessa foi dada ao presidente da Câmara de Seia na última segunda-feira por António Mexia, titular daquela pasta, após uma reunião sobre a problemática das acessibilidades na Serra da Estrela. Eduardo Brito considera que a audiência em Lisboa resultou «num ganho para Seia mas também para a região, esperando-se agora, com expectativa, a concretização dos compromissos assumidos».

Em causa estão as ligações Catraia dos Porcos/Venda de Galizes/ Seia/Celorico da Beira (IC7) e Covilhã/Seia//Coimbra (IC6), mas também a estrada entre Seia e a Torre, já que o ministro «reconheceu ser necessário requalificar esta via, nomeadamente o seu alargamento, a criação de parques de estacionamento e zonas de viragem ou de inversão de marcha», adiantou o autarca, que anunciou que a tutela decidiu avançar com o respectivo projecto. Trata-se de uma ligação com 28,5 quilómetros que é tida pela Câmara de Seia como «prioritária» no acesso ao planalto central da Serra da Estrela. Por outro lado, ficou também decidido que será a Câmara de Seia a resolver com o Parque Natural da Serra da Estrela os problemas inerentes a esta intervenção. De acordo com Eduardo Brito, António Mexia foi convidado a visitar a região da Serra da Estrela e concretamente o concelho de Seia, convite que foi aceite para ser realizado até ao fim do ano. Recorde-se que estas reivindicações saíram de uma reunião extraordinária do executivo senense, realizada na Torre no final de Setembro, onde a Câmara reclamou, por unanimidade, «acções concretas» do Governo quanto à melhoria das acessibilidades e da segurança na zona da Serra da Estrela, problemas de «há muitos anos».

A requalificação da EN 339, beneficiação da EN 338 (Portela do Arão/Lagoa Comprida) e a aprovação definitiva dos IC6, IC7 e IC37, conforme previsto no projecto de portaria apresentado pelo anterior Governo, eram mesmo três obras de que o município não prescindia. «Façam-nos as infraestruturas que nós captaremos as iniciativas», disse na altura Eduardo Brito, para quem a Serra da Estrela é «das poucas regiões do país que não têm os eixos resolvidos», apesar de ser o «segundo destino turístico dos portugueses a seguir ao Algarve».

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