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Futuro do interior debatido na UBI

Movimento pelo Interior vai passar por várias cidades até maio, altura em que apresentará medidas para alterar o atual desequilíbrio do país

«Esta não é uma causa do interior. É uma causa nacional», afirmou o presidente da Câmara da Guarda, na segunda conferência do Movimento pelo Interior, que decorreu na terça-feira na Faculdade de Ciência da Saúde, na Covilhã. 

Os encontros, segundo o próprio explicou, têm como objetivo «refletir sobre as medidas a tomar após a audição destas conferências, em relação a três eixos». Eixos esses que já estão definidos: fiscalidade, o papel do Estado no território e a política educativa. E pese embora «há muitos anos se debate e se debita sobre o interior», o edil guardense considera que «devemos andar a debitar mal ou a propor mal, ou então, temos feito bem e não tem havido a coragem política». As conferências vão passar ainda por várias cidades e, até maio, Álvaro Amaro compromete-se apresentar um conjunto de propostas para serem desenvolvidas nos próximos 12 anos de forma a poderem alterar a atual situação de desequilíbrio do país. A esperança é que haja «coragem política» para que algumas dessas medidas entrem já no Orçamento do Estado de 2019.

Álvaro Amaro afirmou que o Movimento pelo Interior nada tem a ver com partidos políticos ou organizações e a prova disso é que no encontro na Covilhã participaram pessoas de vários quadrantes. Um dos oradores foi o antigo secretário de Estado do Ensino Superior. José Reis afirmou que atualmente existe «uma profunda ignorância» do território, pois «passou a assumir-se que é um fardo que temos que carregar e, por isso, o território existe, mas como paisagem, turismo e gastronomia», mas considera que não será «com mezinhas» que o problema se resolve.

Por sua vez, José Silva Peneda, ex-presidente do Conselho Económico e Social (CES) lembrou que existem duas realidades diferentes no país: litoral e interior e que é preciso «combater as desigualdades», ressalvando, no entanto, que «é das coisas mais difíceis que há», pois considera que as medidas «precisam de tempo e coerência».

Movimento pelo Interior reuniu na terça-feira, na Covilhã

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