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Futebol deve regressar ao Guarda-Desportiva

Nova direcção, que pode ser eleita esta noite, vai liderar um clube com saldo positivo

Após ter sido dado como próximo da extinção, o Guarda-Desportiva Futebol Clube parece ter forças para continuar a caminhada que esteve na base da sua formação rumo à IIIª Divisão Nacional. Hoje à noite terão lugar duas Assembleias-Gerais decisivas, numa das quais deverá ser eleito o novo presidente que sucederá a Joaquim Carreira, que liderou os destinos da colectividade desde a sua fundação em 2004. Tudo indica que Carlos Chaves Monteiro, advogado e empresário na cidade, seja o sucessor, tendo o empresário Orlando Cordeiro como vice-presidente.

Na primeira reunião de associados, agendada para as 21 horas na sede do Centro Cultural, será proposta a alteração dos estatutos e feita a avaliação do futuro do Guarda-Desportiva. Logo de seguida, pelas 22 horas, realiza-se outra Assembleia-Geral para eleger aos novos corpos sociais, explica Crespo de Carvalho, presidente daquele órgão. “O Interior” sabe que há uma lista interessada em evitar o fim do clube, liderada, além de Carlos Chaves Monteiro, pelo empresário, que será novamente candidato à Assembleia-Geral, acompanhado por Manuel Morais, actual responsável pela delegação do IAPMEI da Guarda. Crespo de Carvalho está disponível para continuar no cargo por considerar que este grupo é composto por pessoas «credíveis» e «dinâmicas», que permitirão ao clube «regressar à sua actividade normal». Contudo, na terça-feira ainda faltava ultrapassar um pequeno contratempo, pois vários elementos da lista não eram sócios do Guarda-Desportiva, o que contraria os estatutos da colectividade. «Os não-sócios não podem ser candidatos aos órgãos sociais do clube, apesar das pessoas em causa já terem entregue a ficha de inscrição e o processo de aceitação estar a decorrer normalmente junto da direcção cessante», adianta.

Mas o dirigente acredita que tudo ficará resolvido a tempo das Assembleias-Gerais desta noite. Um dos principais objectivos da nova direcção é reactivar o futebol já nesta época, com uma equipa sénior a disputar a IIª Divisão Distrital. A ambição é concretizar o desafio que esteve na base da criação do Guarda-Desportiva, que passa por a capital de distrito ter um clube nos Nacionais de futebol. Deste modo, o primeiro objectivo é subir à Iª Divisão Distrital e alcançar futuramente o Nacional da IIIª Divisão. Prazo definido para consumar esta ascensão é que «não há», até porque «depende muito da estratégia que a nova direcção vier a seguir», sublinha Crespo de Carvalho. Recorde-se que o Guarda-Desportiva não chegou a competir na época transacta devido, entre outros factores, à fraca afluência de público nos jogos disputado no Estádio Municipal. Isto depois de ter ficado muito perto da subida à Iª Divisão Distrital ao terminar a dois pontos do Vilar Formoso na primeira temporada competitiva. Só que no ano seguinte ficou ainda mais longe, classificando-se na quarta posição, a 11 pontos do primeiro classificado, o Gonçalense. Curiosamente, apesar do modesto sucesso desportivo, o clube está de boa saúde em termos financeiros, apresentando um saldo positivo de cerca de quatro mil euros.

Ricardo Cordeiro

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