O executivo fundanense aprovou na última reunião camarária a contracção de um empréstimo bancário superior a cinco milhões de euros. O recurso à banca, que obteve os votos contra dos dois vereadores socialistas, destina-se a terminar as várias obras em curso um pouco por todo o concelho, entre as quais as intervenções na Aldeia Histórica de Castelo Novo, os pavilhões desportivos de Valverde e da Póvoa da Atalaia, a Casa da Moagem ou o Casino Fundanense, entre outras.
Na reunião, Manuel Frexes justificou que a falta de verbas para terminar as empreitadas se deve ao facto do Governo «ter voltado atrás nos compromissos assumidos» com a autarquia, sendo que muitas dependiam de contratos-programa ou de fundos comunitários. Apesar da maioria ter aprovado a contracção do empréstimo, Manuel Frexes não se mostrou muito confiante quanto à “luz verde” da instituição bancária, uma vez que a maioria desses projectos ainda não foram aprovados pela administração central ou então viram foram cancelados os contratos-programas.
Para os vereadores socialistas, a falta de verbas deve-se apenas à «má gestão financeira» do município, disse Conceição Martins, acusando ainda a maioria de utilizar o Governo como «desculpa» para «sacudir a água do capote». Para além disso, o PS considerou ainda que a contracção de um novo empréstimo iria «comprometer» o futuro do município nos próximos anos.
Face às dificuldades financeiras, o executivo decidiu ainda diminuir em cerca de 20 por cento o subsídio de 25 mil euros que era atribuído a onze associações de desporto federado do concelho. Com a atribuição de 21 mil euros a cada colectividade, a autarquia irá poupar quatro mil euros por cada uma.
